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BRANCOCEL: Empresários lançam amanhã projeto da fabricação de celulose no Estado

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
10 de Mar de 2003

O investimento promete trazer cerca de R$ 1 bilhão para o Estado.

O grupo de empresários responsável pela fábrica de celulose BrancoCel, a ser instalada no Estado, realizará, amanhã, às 19h30, no salão de festa do Hotel Aipana, o coquetel de lançamento do projeto de produção de celulose em Roraima. Este é um dos maiores investimentos privados do país.
Na ocasião, os investidores apresentarão as coordenadas iniciais do projeto, que representa a efetivação do investimento no Estado de Roraima. Na parte do dia se encontrarão em audiência com o governador Flamarion Portela (PSL), na qual será reafirmado o apoio do governo ao projeto.
"Seremos parceiros de todos que quiserem fazer de Roraima um celeiro de investimentos promissores, onde o foco principal seja a melhoria da qualidade de vida de nosso povo, com a criação de novas oportunidades de trabalho para todos" ressaltou o governador.
O apoio do Governo do Estado ao projeto vai se dar através da garantia do fornecimento de energia elétrica. Haverá uma empresa que vai comercializar energia especificamente para a indústria.
O projeto que visa subsidiar a energia elétrica que será utilizada na fábrica já passou pela aprovação da Assembléia Legislativa. A energia é originária do complexo venezuelano de Guri e será vendida a US$ 17,93. Serão consumidos nos dois primeiros anos 80 mW/h. "Nós estamos apoiando a implantação da BrancoCel principalmente na questão da infra-estrutura", frisou o governador.
A fábrica da BrancoCel funcionará numa área situada logo após a Embrapa, na BR 174, Km 8, no Distrito Industrial. Isso na visão do governo representa uma forma de revitalização do complexo industrial do Estado de Roraima.
Ele disse que o tamanho do empreendimento, o montante do valor a ser investido no Estado e a conseqüente geração de empregos - cerca de seis mil - vão alavancar a economia de Roraima.
"Com o local já definido, a viabilidade de financiamentos concretizada e o estudo ambiental concluído, ficamos extremamente otimistas, pois estamos presenciando os avanços na concretização de algo mais do que um projeto, mas a realização de um sonho que está se consolidando", ressaltou Flamarion.
O projeto de instalação da indústria de papel e celulose em Roraima movimentará um montante da ordem de 330 milhões de dólares, através da Ouro Verde Agrosilvopastoril. Esse valor, convertido em reais, representa um investimento de mais de 1 bilhão em moeda nacional a ser investido no projeto Brancocel. Isso desde o processo de edificação da fábrica, plantio, tecnologia e demais etapas de instalação.
Segundo o empresário Rafael Coslovsky, vice-presidente de operações da BrancoCel, a primeira etapa está consolidada. Essa fase consistiu na identificação do tipo de árvore apropriada para o tipo de solo e de clima de Roraima de forma a se alcançar um produto industrial de qualidade.
Com o término da análise da espécie utilizada, o passo seguinte foi a realização o estudo de viabilidade econômica, que fica pronto em julho deste ano. De acordo com o empresário, as obras da BrancoCel devem iniciar no final de 2003.
"Estamos vivendo um momento histórico para os investidores, como também para o Estado de Roraima. Fechado o pacote financeiro, podemos sonhar com o início das obras até o final de 2003, comemorou Coslovsky. Ele calcula que a construção da fábrica deva levar uns dois anos. "Devemos estar em operação em meados de 2006", projetou.
PLANTAÇÃO - De acordo com o grupo responsável pela implantação da BrancoCel no Estado, inicialmente serão plantados 30 mil hectares de Acácia mangium. Trata-se de uma leguminosa encontrada originalmente na Austrália, Papua e Nova Guiné, mas que se adapta ao clima do Estado.
De acordo com levantamento feitos pelos empresários, os 30 mil hectares produzirão 420 mil metros cúbicos de madeira/ano. Desse total já existem 7 mil hectares plantados. Quando da conclusão do projeto, o que deve levar cerca de 17 anos, estarão plantados exatos 77 mil hectares.
O projeto de florestamento de acácias tem basicamente quatro núcleos no Estado: Bonfim, Mucajaí, Boa Vista e Cantá, que juntos abrigam 71% da população do Estado.

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