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BR-174 é interditada no trecho norte por causa de áreas críticas

Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br
Autor: Yana Lima
20 de Jun de 2011

Após a interrupção no tráfego pelo trecho sul da BR-174 por duas semanas, a Defesa Civil interditou a rodovia no sentido norte, desde ontem, no período das 18h às 6h. Já os veículos de grande porte estarão impedidos de passar independentemente do horário. A medida foi tomada por período indeterminado por causa de pelo menos quatro pontos de erosão em meia pista, a partir de um trecho de aproximadamente 15 quilômetros antes do município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela.

Conforme explicou capitão do Corpo de Bombeiros León Lira, além do grande número de pontos de risco, a decisão foi tomada considerando a baixa sinalização da via à noite e o fato de o local possuir curvas perigosas. "Estes pontos, aliados às poças de lama que se formam sobre a pista, representam um sério risco de acidentes", justificou.

Tráfego de caminhões está proibido e carros pequenos só podem transitar durante o dia

A Defesa Civil elaborou, na sexta-feira passada, um parecer técnico que aborda os trechos de risco e a necessidade de uma recuperação do local em caráter de urgência, a fim de que o governo agilize a autorização para a retirada de material do local.

Lira acrescentou que a possibilidade de um rompimento total não está descartada. Por isso, alertou a motoristas que tenham o costume de cruzar a estrada com o nível da gasolina no limite que, no caso de um possível rompimento, haverá o transtorno de não ter como retornar.

Desde os primeiros desmoronamentos, há cerca de duas semanas, uma equipe da Secretaria Estadual de Obras e Infraestrutura (Seinf) inspecionou o local e constatou a necessidade da recuperação imediata do trecho devido ao rompimento do aterro. Desde então a empresa trabalha no local com obras paliativas para preservar o local e impedir o aumento da erosão.

No entanto, a maior dificuldade no momento é conseguir material para fazer o aterro, pois o trecho rompido fica dentro da reserva indígena São Marcos, de onde a retirada de material estaria sendo impedida pelos indígenas. O governo chegou a se reunir com a Fundação Nacional do Índio (Funai) para assinar um termo que permitisse a obra, no entanto, conforme informações dos funcionários da empresa que atuam no local, até ontem a retirada não estava autorizada.

Ainda assim, isso não resolveria o problema por completo, visto que o solo da região não é completamente adequado para as necessidades da rodovia. Desta forma, a empresa precisa percorrer pelo menos 70 quilômetros para buscar material fora da reserva, o que acaba dificultando a logística e encarecendo a obra. Além disso, há a dificuldade por conta das chuvas que estão frequentes na região, praticamente impossibilitando uma obra mais complexa.

http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=110966

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