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Bom dia,

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
05 de Dez de 2002

Quem conhece a realidade de Roraima sabe que é possível acomodar os interesses da população indígena e a sociedade "branca" envolvente. Espaço físico existe para todos e só mesmo a má fé e interesses escusos podem radicalizar posições para impedir que o estado possa cumprir os ditames constitucionais de reconhecer os direitos dos índios e demarcar as áreas indígenas, respeitando também os espaços de outros brasileiros, igualmente considerados pela Constituição Federal.
A coisa só fica complicada no Estado porque uma meia dúzia organizações, governamentais e não governamentais, dirigidas por lideranças que não querem a solução negociada; preferem o tumulto e a violência, para justificar a intervenção internacional na região. Essa gente não tem compromisso, nem com os índios (apenas os utilizam como massa de manobra) e muito menos com os milhares de brasileiros que escolheram Roraima para viver.
Por conta dessa conduta criminosa contra a população roraimense nossas forças e o melhor do talento local, perdem tempo e oportunidade que poderiam estar a serviço do desenvolvimento de Roraima, beneficiando o conjunto da população, indígena e não. E o pior de tudo, é que a estratégia do confronto também afugenta centenas de produtores de outras regiões que caminham para o Estado desejosos de produzir grãos em nossos lavrados.

SEM
Várias das figuras que apostam no confronto para impor suas idéias na questão indígena local, não têm qualquer compromisso com o futuro de Roraima. Assim como podem tumultuar aqui, podem arrumar as malas e fazer o mesmo no Pará, Amazonas ou qualquer outro lugar, desde que possam usufruir bom salário em órgãos públicos ou em ONGs financiadas por dinheiro do exterior.

IBAMA 1
As organizações de apostam no confronto entre índios e não índios sabem que não poderão iniciar a "bagunça" sem o apoio da Justiça, afinal numa sociedade democrática todos têm o direito constitucional do contraditório. Como sabem disso, resolveram utilizar um atalho para provocar a desestruturação imediata da rizicultura local utilizando a burocracia pública
Em Brasília.

IBAMA 2
Desde a semana passada, funcionários da Funai e de algumas organizações não governamentais fazem plantão na direção nacional do Ibama em Brasília pressionando para que sejam deslocados para Roraima fiscais. O objetivo é conseguir a interdição dos trabalhos de preparo das áreas de lavouras e com isso desestabilizar os produtores, principal categoria rural do Estado. A justificativa é que os rizicultores não obedecem à legislação ambiental.

COMPETÊNCIA
Essa gente que só quer tumultuar a vida no Estado, deseja desacreditar o Departamento Estadual de Meio Ambiente -DEMA, que é o órgão encarregado de expedir as licenças ambientais. A estratégia é insistir que a área pertence à União, sendo portanto do Ibama a competência para emitir aqueles documentos.

CORRETOS
A estratégia dos "defensores da causa indígena" de utilizarem o Ibama para conseguirem expulsar os rizicultores serve, entre outras coisas, como um alerta para os produtores. Se quiserem encontrar apoio na opinião pública e enfrentarem, com autoridade, as organizações que desejam o confronto os produtores devem assumir uma conduta preservacionista inquestionável. É preciso sair do discurso e adotar prática de preservação ambiental.

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