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Bolsa Universitária garante esperança mantendo raiz indígena

MS Notícias - www.msnoticias.com.br
12 de Ago de 2008

Conciliar a abertura de novas perspectivas de vida que um diploma pode oferecer com trabalhos voltados para a sociedade. O dilema de milhares de acadêmicos do Estado se torna para 100 beneficiários do programa Bolsa Universitária Indígena uma razão: a soma de dois caminhos para a valorização cultural.

Criado em 2005 e reformulado ano passado pelo governo do Estado, o Bolsa Universidade Indígena tem como objetivo criar oportunidades para melhorar a formação acadêmica e conhecimento para ser aplicado efetivamente no fortalecimento das culturas e comunidades indígenas.

Através de um apoio financeiro mensal de R$ 346,00 (vale transporte incluído), os 100 bolsistas de aldeias de todas as regiões de Mato Grosso do Sul conciliam os estudos nas unidades da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul com programas de estágios de doze horas semanais voltados exclusivamente para o desenvolvimento social.

A idéia vai além da capacitação do índio. Visa formar profissionais em condições de difundir no coletivo novas práticas através da soma do conhecimento acadêmico e cultural. Além de complementar a formação, o projeto capacita professores, médicos, enfermeiros, engenheiros, advogados, psicólogos e demais profissionais em potenciais gestores de cursos de alfabetização, ações sociais e projetos de saúde pública nas aldeias. O projeto transforma formandos em exemplos.

Participam do projeto indígenas matriculados regularmente em qualquer curso de graduação mantido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul cujas famílias possuam renda per capita de até um salário mínimo. Além disso, o programa supervisiona a freqüência escolar (que deve ser de no mínimo 90%) e as dependências (no máximo 3). O encaminhamento ao estágio é feito pelo próprio governo do Estado, atendendo na medida do possível a colocação profissional de cada estudante.

O Bolsa Universitária Indígena foi o primeiro programa social que teve sua continuidade garantida pelo governador André Puccinelli no inicio do 2007. Após uma profunda restruturação, o governo constatou que dos 104 alunos beneficiados em 2006, somente 52 preenchiam os requisitos necessários para os programas.

"O governo tem muito orgulho deste programa, porque ele vai além da capacitação. É um investimento social para toda as comunidades indígenas. Uma maneira de levar novos conhecimentos e projetos sem interferir na cultura indígena, na raiz das pessoas", Dulce Maria Martins, superintendente de projetos especiais.

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