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Autor: Gustavo Nascimento
03 de Fev de 2015
Pelo quarto dia consecutivo, índios das etnias Terena e Maben-Groke bloquearam um trecho da BR-163 próximo a Itaúba (599 km ao norte de Cuiabá). O grupo reivindica investimentos e infraestrutura na saúde das comunidades, localizadas no município de Colíder (648 km ao norte de Cuiabá).
Após terem liberado a pista no último domingo (1), manifestantes voltaram a trancar a passagem de veículos, no km 943 da BR-163, na manhã desta segunda-feira (2). Por volta das 9h30, aproximadamente 50 indígenas fecharam a rodovia com toras, galhos, pneus e pedras.
Armados com arcos, flechas e escudos, os indígenas permitiram apenas a passagem de ambulâncias pela região.
O tráfego no local havia bloqueado primeiramente na manhã da última sexta-feira (30). Na manhã do sábado (31) o trânsito foi liberado, mas voltou a ser interrompido durante a tarde e durou até o domingo, até ser novamente bloqueado ontem.
Os índios protestam contra a falta de medicamentos, profissionais de saúde e combustível para carros, barcos e avião. Eles também exigem a volta das obras dos postos de saúde da região e a exoneração da coordenadora da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) da região, que segundo o grupo é uma das responsáveis pela precariedade da saúde nas comunidades.
Segundo informações, a coordenadora, que teria assumido o cargo há alguns meses teria suspendido contratos e convênios superfaturados, além de demitido índios possivelmente envolvidos.
De acordo com a assessoria da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso (PRF-MT), a recomendação é para que os motoristas que precisarem passar por esse trecho da rodovia utilizem a rota alternativa pela MT-423, que liga o município de Cláudia (569 km ao norte de Cuiabá) a Marcelândia (690 km ao norte de Cuiabá), e depois seguindo até a BR-163 entre Santa Helena (602 km ao norte de Cuiabá) e Terra Nova do Norte (645 km ao norte de Cuiabá). A rodovia dá acesso à região do Camping Clube em Sinop (500 Km ao norte de Cuiabá), onde os motoristas poderão retornar a BR-163.
A reportagem do Diário tentou entrar em contato com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), porém até o fechamento da edição não obteve retorno.
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