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Bird devera manter financiamentos para petroleo e carvao

GM, Saneamento & Meio Ambiente, p.A5
15 de Jun de 2004

Bird deverá manter financiamentos para petróleo e carvão
Washington, 15 de Junho de 2004 - Em meio a discussões sobre se deve continuar financiando projetos de extração de petróleo e de carvão, o Banco Mundial (Bird) ouviu de seu chefe para o setor do meio ambiente, Ian Johson, o conselho para que continuasse envolvido nessas atividades para garantir altos padrões de respeito à natureza. Johnson disse, em entre-vista à agência Reuters que a suspensão do empréstimo de dinheiro para grandes projetos de extração de petróleo, gás natural e carvão na África, na América Latina e em outras regiões subdesenvolvidas se traduziria em danos ambientais ainda maiores. Oleoduto africano No último fim de semana, os dirigentes de países da região central da África inauguraram um oleoduto de US$ 3,7 bilhões ligando o Chade ao terminal de exportação de Camarões, no Golfo da Guiné. O Banco Mundial forneceu algo em torno de 4% das verbas gastas na obra e comprometeu-se a supervisionar o investimento feito com os lucros resultantes dele. Para Johnson, o impacto do oleoduto seria mais devastador sem a participação do Banco Mundial. Adversários do projeto, porém, dizem que, apesar da participação da entidade internacional, o oleoduto trará impactos ao meio ambiente e alimentará a corrupção nos países, sem se traduzir em melhorias no padrão de vida das camadas mais pobres. Por causa desta e de outras críticas, o Banco Mundial encomendou no ano passado um relatório independente sobre se deveria ou não continuar patrocinando projetos como este, já que a principal missão da entidade é combater a pobreza. Dirigido por Emil Salim, ex-ministro do Meio Ambiente da Indonésia, o relatório recomendou o fim desse tipo de custeamento. A direção da entidade começará agora a analisar o documento, mas é improvável que o banco deixe de conceder financiamentos para projetos semelhantes.

GM, 15/06/2004, p. A5

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