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BID libera verba para o turismo

A Crítica, Economia, p. A9
09 de Dez de 2003

BID libera verba para o turismo
R$ 835 mil serão usados em unidades de atendimento ao turista. Governo também vai investir em novas rotas

Anwar Assi
Da equipe de A Crítica

O Amazonas vai receber em torno de R$ 835 mil de investimentos por parte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Governo Estadual para construir unidades do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) nos municípios de Barcelos, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão e Presidente Figueiredo, conforme informou a diretora de infra-estrutura e serviços da Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), Arminda Mendonça.
Segundo ela, o BID emprestaria perto de R$ 750 mil, enquanto o governo desembolsaria apenas o valor aproximado de R$ 85 mil. "Cada CAT vai custar em torno de R$ 160 a R$ 170 mil", diz.
O CAT é um dos projetos previstos no Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal (Proecotur), que tem um orçamento aprovado para a primeira fase de implantação dele no Amazonas de R$ 1,2 milhão, de acordo com Arminda Mendonça.
As licitações para a escolha das empresas as quais vão construir os CATs já foram feitas, Segundo Arminda, as obras para a construção do centro de Novo Airão começarão ainda este mês com previsão para ficar pronto no primeiro., semestre do próximo ano.
O dinheiro do empréstimo deve ser liberado no início de 2004. "É provável que venha em janeiro", salienta a diretora da Amazonastur, ressaltando que as empresas vão receber o pagamento em três parcelas, sendo a última delas no próximo mês de fevereiro.
Terminais fluviais
Outra novidade da Amazonastur para estruturar melhor o turismo no Estado é a instalação de Terminais Fluviais Turísticos (TFTs) em localidades banhadas por água e com um forte potencial turístico para facilitar o serviço de embarque e desembarque dos turistas.
Ao todo serão implantados quatro TFTs onde cada um deles, estima Arminda, vai custar próximo de R$ 150 mil. Por não ter saída para os rios, o município de Presidente Figueiredo está excluído deste projeto.
Além dos CATs e dos TFTs, está previsto para ser criado também o Centro de Artesanato (Cart) em várias cidades do interior, para incrementar a produção e a comercialização deste tipo de produto que é bastante procurado pelos turistas. "O local onde for identificado a produção de artesanato com um fluxo de venda deste artesanato, vai ser construído um Cart", afirma a diretora de infra-estrutura e serviços da Amazonastur, Arminda Mendonça.
Há também os mini-CATs, pequenos postos de atendimento ao turista os quais vão ser instalados nas comunidades localizadas ao longo dos rios próximos a Manaus, como por exemplo, a de Paricatuba, situada a 12 km da praia da Ponta Negra.

Municípios vão receber melhorias
A Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur) distribuiu em sete rotas os municípios com alto potencial turístico como meio de facilitar a exploração das belezas destas regiões por parte dos turistas em visita ao Estado. As localidades incluídas nos trajetos vão receber investimentos, tanto por parte do Governo quanto da iniciativa privada, para montar um sistema de infra-estrutura e de recursos humanos adequados para recepcionar melhor o visitante.
Os investimentos vão ser destinados, entre outras áreas, para a capacitação de mão-de-obra, pavimentação de estradas, sinalização fluvial, estruturação de pontos turísticos das cidades, programas de conscientização sobre o turismo, construção de hotéis e de pistas de pouso de helicópteros.
Os roteiros que na teoria não passam de uma linha abstrata, são na prática uma oportunidade de alavancar os negócios dos diversos agentes que compõem o setor, como por exemplo, as operadoras e agências de viagens, já que estas podem incluir em seus pacotes turísticos os destinos traçados nos percursos pela Amazonastur para depois vendê-los aos turistas.

Proximidade contribuiu para escolha
Os trajetos estabelecidos para os roteiros turísticos são: Novo Airão Iranduba-Manacapuru; Itapiranga, São Sebastião do Uatumã-Urucará; Parintins-Boa Vista do Ramos-Bareirinha-Nhamundá; Barcelos-Santa Izabel do Rio Negro-São Gabriel da Cachoeira; Manaus-Presidente Figueiredo,Tabatinga-Benjamin Constant, Coari-Tefé e Fonte Boa.
"Eles foram escolhidos devido a proximidade entre si e porque alguns desses municípios têm um fluxo turístico consolidado", afirma o chefe do departamento de infra-estrutura e serviços da Amazonastur, Joelson Bacry.
A criação de rotas turísticas, assim como a adoção do Programa de Ecoturismo (Proecotur), o qual prevê a construção do CATs e de TFTs, fazem parte da estratégia dos Governos Federal e Estadual para favorecer o setor de turismo no Amazonas.
Este ano, segundo dados da empresa estadual de turismo, o Estado do Amazonas recebeu em tomo de 380 mil visitantes, ou quase 10% do volume de turistas que estiveram no Brasil, em 2003. Segundo Joelson, a meta da Amazonastur é de incrementar esta participação. "Queremos aumentar todo ano em 10% o fluxo de turista para o Estado", enfatiza.

A Crítica, 09/12/2003, Economia, p. A9

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