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Beribéri sob controle em Roraima

Funasa - www.funasa.gov.br
12 de Set de 2008

O surto de beribéri registrado desde o ano passado entre os índios Macuxi e Wapixana, no norte de Roraima, está sob controle. A garantia foi dada pelos técnicos da Funasa durante evento realizado nesta segunda-feira, dia 8, na sede da Fundação em Roraima.

Os casos da doença foram registrados apenas nas regiões das Serras, no município do Uiramutã com indígenas apresentando os sintomas do beribéri, que são: edemas nos membros inferiores, fraqueza, cansaço e problemas cardíacos.

A partir da morte de seis indígenas com esses sintomas, foi realizada uma investigação por técnicos da Funasa, em parceria com o Ministério da Saúde e apoio da Secretaria de Saúde do Uiramutã, e com recursos oriundos de convênio com o governo americano.

Os dados da pesquisa foram apresentados durante o encontro que contou com representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde do Uiramutã e Boa Vista, Escola Técnica do Sistema Único de Saúde em Roraima e Casa de Saúde do Índio (Casai).

De acordo com o coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, a investigação foi direcionada ao município acometido, e não às etnias indígenas. A partir dos resultados das análises apresentados e da definição do protocolo, foi indicada a terapia para erradicação da doença e recomendadas outras investigações.

Para atuar no combate à doença a Funasa conta com o apoio de servidores da Secretaria de Saúde do Uiramutã, Casai, Agentes de Saúde Indígenas (AIS) e equipes multidisciplinares que atuam em toda a região afetada. "O tratamento para erradicação do beribéri já existe e tem apresentado resultados eficientes com reposição da vitamina B1", afirmou o coordenador da Funasa.

De acordo com Wanderley Guenka, diretor do Departamento Nacional de Saúde Indígena da Funasa, a doença é conhecida das autoridades de saúde, tendo registros no Maranhão, em 2006.

Apesar do surto em Roraima, a doença é tratável e considerada no País sob controle. Guenka lembrou que a doença é oriunda da deficiência da vitamina B1 no organismo humano. "Ocorre principalmente nos indígenas devido à forma de vida e aos hábitos alimentares. Alimentos ricos nessa vitamina como verduras, legumes e carnes bovinas são pouco consumidos pelos indígenas. Já o carboidrato é consumido em grande quantidade. Os índios também costumam ter uma carga excessiva de esforço físico, o que pode contribuir para desenvolvimento da doença", disse.

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