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Belo Monte preocupa entidades

O Liberal-Belém-PA
21 de Set de 2001

O Fórum de Carajás, que reúne entidades sindicais ligadas às questões agrárias e ao meio ambiente dos Estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, criticou a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira. Em nota distribuída à Imprensa, a entidade exige modificações no projeto original por ter sido alvo de inúmeras críticas por parte da comunidade local e de ambientalistas. Com a alteração, a aldeia indígena Paquiçamba, onde vivem cerca de 40 homens e mulheres, não será mais alagada. No entanto, outros grupos indígenas que vivem na região não foram levados em consideração. Mesmo com a área do lago principal reduzida de 1,2 mil hectares para 400 hectares, sem alteração da capacidade de geração de energia, a construção da hidrelétrica de Belo Monte atingirá diretamente duas mil famílias, diz a nota. A Eletronorte acredita ter conseguido um grande feito sócio-ambiental com as modificações no projeto, e nega o impacto direto sobre comunidades indígenas. Ela aposta em Belo Monte como a futura maior hidrelétrica do Brasil - a terceira maior do mundo, produzindo onze mil megawats- e, certamente, como a mais correta em termos ambientais. Sobre os estudos de impacto ambiental, o Fórum afirma que até agora as compensações não foram definidas, porque como esses estudos não estão concluídos, os impactos ainda são desconhecidos. É a Eletronorte, mais uma vez, a nos mostrar o perfil de uma empresa que enxerga nossos rios apenas como fonte geradora de energia.

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