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Barragens novas no Tietê preocupam ambientalistas

OESP, Vida, p. A34
16 de Out de 2010

Barragens novas no Tietê preocupam ambientalistas

Andrea Vialli e José Maria Tomazela, com EFE - O Estado de S.Paulo

A decisão do governo paulista de construir cinco barragens num trecho de 200 quilômetros do Rio Tietê, entre Anhembi e Salto, preocupa ambientalistas. As obras são necessárias para ampliar a hidrovia Tietê-Paraná até Salto. O governo diz que o impacto ambiental será baixo.
O Comitê de Bacias Hidrográfica do Sorocaba e Médio-Tietê vai acompanhar a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental. A preocupação é de que a redução na velocidade do rio possa retardar o processo de despoluição das águas.
Para realizar os estudos, o Departamento Hidroviário (DH), vinculado à Secretaria Estadual dos Transportes, e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), ligada à Secretaria de Saneamento e Energia, assinaram convênio no valor de R$ 2,4 milhões. Os novos estudos visam ao uso múltiplo das águas, com o aproveitamento do trecho para geração de energia, navegação e contenção de cheias. Com isso, a hidrovia, que possui 650 km no trecho paulista, chegará a 850 km navegáveis.
A expansão entre Anhembi e Salto possibilitará o transporte de cargas como soja, milho e álcool pelo rio. "Esse trecho do rio é propício para a navegação e não haverá prejuízo ambiental. Ao contrário, esperamos incrementar o turismo", diz o prefeito de Salto, Geraldo Garcia (PDT).
Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica, vê risco de agravar a poluição com a eliminação das corredeiras, responsáveis pela oxigenação das águas. A entidade vai exigir que a compensação ambiental pelas obras inclua a recuperação da mata ciliar no trecho. "Sem mata ciliar, o rio sofre assoreamento e a navegação também fica prejudicada."

OESP, 16/10/2010, Vida, p. A34

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101016/not_imp625602,0.php

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