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Bancoc sedia reunião de clima

OESP, Vida, p. A15
28 de Set de 2009

Bancoc sedia reunião de clima
Em encontro da ONU na Tailândia, países tentam chegar a acordo sobre redução da emissão de gases-estufa

Afra Balazina, Com AP

Começa hoje em Bancoc, na Tailândia, a penúltima reunião de negociação entre os países antes da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Copenhague. Faltam 70 dias para o evento na Dinamarca, que tem como objetivo principal chegar a um consenso sobre as metas de redução de emissão de gases-estufa que os países desenvolvidos deverão assumir para o segundo período do Protocolo de Kyoto. A primeira fase do acordo acaba em 2012.

A expectativa é que 2,5 mil pessoas participem do encontro em Bangcoc, divididas em delegações de governos, representantes da indústria, organizações ambientais e de pesquisa. Elas trabalharão para consolidar o texto do acordo que deverá ser fechado em Copenhague.

ENSAIO

Na semana passada houve um aquecimento para a convenção do clima durante reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Os presidentes dos Estados Unidos e da China, países que não são signatários de Kyoto e respondem por cerca de 40% das emissões globais de dióxido de carbono, afirmaram que farão esforços para reduzir as taxas.

Mesmo sem a apresentação de metas concretas de redução das emissões, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou-se otimista ao final do evento. "Fiquei impressionado ao saber que um número crescente de líderes estão dispostos a ir além da perspectiva puramente nacional. Vocês se comprometeram a continuar empenhados até que um acordo seja selado em Copenhague."

Ainda há, no entanto, muitos impasses. As nações industrializadas desejam que os principais países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil, comprometam-se a reduzir sua curva de crescimento das emissões de CO2. Outro problema é que os EUA ainda não aprovaram a lei nacional de energia e clima no Senado. Antes disso, é difícil esperar um compromisso forte do governo americano, que não quer repetir o erro de Kyoto, em que o acordo não foi ratificado por divergências de parlamentares com o governo.

Jonathan Pershing, negociador dos EUA, duvida que haja tempo para aprovar a legislação até Copenhague, mas afirmou que isso não impediria um acordo global, desde que fosse observado "um sinal do Senado que a lei está avançando".

OESP, 28/09/2009, Vida, p. A15

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