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Aumenta o volume de exportações das madeiras extraídas no Pará

O Liberal-Belém-PA
14 de Ago de 2002

As exportações do setor madeireiro foram elevadas em 1,41% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em cifras, as exportações da indústria madeireira paraense geraram US$ 146,1 milhões entre janeiro e junho deste ano, contra US$ 144,1 milhões do primeiro semestre de 2001. Para o diretor técnico da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Pará (Aimex), Guilherme Carvalho, o resultado foi bom porque é no segundo semestre que o setor mais fatura, por causa do verão.

Segundo Carvalho, é a partir de julho que o trabalho da indústria madeireira se intensifica, porque, com a chegada do verão, o trabalho de extração e transporte da matéria-prima se torna mais rápido. Carvalho acrescentou que, durante o inverno, o acesso às áreas de extração é mais complicado e, nestes locais, a lama desaparece com a chegada do verão e os veículos não atolam, facilitando o trabalho. Apesar da queda do real diante do dólar, Carvalho informou que a indústria madeireira não teve que enfrentar declínio de preços na moeda norte-americana. No entanto, como a reação do real ainda não ocorreu, as pressões para as quedas de preço em dólar já se iniciaram.

Apesar do crescimento em exportações da indústria madeireira ter sido de apenas 1,41%, Carvalho explicou que os empresários do setor estão indo no rumo certo. "Tivemos um crescimento de 12,97% nas exportações dos produtos beneficiados, ou seja, aqueles que detêm os maiores valores. Nestes primeiros seis meses, a indústria madeireira do Pará exportou US$ 30,9 milhões em produtos de maior valor agregado, como, por exemplo, componentes para móveis, portas, janelas, pisos, assoalhos e casas pré-fabricadas", detalhou Carvalho.

Mesmo com as exportações de produtos com acabamento estarem em expansão, a indústria madeireira agora começa a enfrentar um novo problema: as barreiras tarifárias dos países de primeiro mundo, principalmente dos Estados Unidos e dos países pertencentes à União Européia. Um relatório da Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO) aponta o Brasil como um País que já deve ser considerado competitivo no setor, por conta das exportações de produtos com maior valor agregado. "A qualidade do emprego no setor melhora e os empresários passam a visualizar outros horizontes", frisou Carvalho.

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