VOLTAR

Audiência pública discute criação de parque ecológico em Bujari

MP (AC) - http://webserver.mp.ac.gov.br
21 de Set de 2011

O primeiro parque ecológico do município de Bujari (distante 28 km de Rio Branco) está próximo de ser tornar realidade. Após uma audiência pública realizada nesta quarta-feira, 21, no Salão da Paróquia São João Batista, no município a cidade pode contar, em breve, com o Parque Ecológico da Matinha, localizado numa área verde na zona urbana.

O encontro foi promovido pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPE), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Prefeitura de Bujari, com o objetivo de apresentar o projeto de criação da área de conservação e tirar dúvidas da comunidade a respeito do projeto. O interesse da população pelo assunto foi conferido durante a audiência pública, que contou com a participação de autoridades políticas e ambientais, lideranças do movimento rural, educadores, estudantes, além de representantes da sociedade civil.

As discussões iniciaram após duas apresentações culturais que enalteciam a floresta e sua biodiversidade. Em seguida, Cristina Maria Batista de Lacerda, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, explicou que, no Acre, existem 21 áreas de conservação ambiental, semelhantes à que está prestes a ser criada no município. Segundo ela, todas as etapas previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, que estabelece os critérios e normas para criação, implantação e gestão das unidades de conservação no Brasil, já foram cumpridas. O passo seguinte para a formalização é a assinatura de decreto pelo prefeito João Edvaldo Teles.

Para o prefeito, a criação do parque é fundamental para o município, e a realização da audiência, trata-se de uma medida democrática. "Temos que agradecer por este momento que está reunindo a comunidade e autoridades, interessadas na discussão a respeito do assunto. A opinião de todos é muito importante", disse.

A área onde será criado o parque mede nove hectares de floresta secundária. Um levantamento ecológico realizado por biólogos da Universidade Federal do Acre encontrou 139 espécies vegetais (sendo que uma ainda não estava catalogada), além de outras espécies animais. O estudo também ouviu as famílias que moram no entorno da área, e quase todas, concordavam que a criação da área de conservação ambiental seria uma medida benéfica.

Segundo a professora Luzia Martins, uma das maiores defensoras da idéia, o projeto trata-se de um sonho da população, que ainda em 2007, fez um abaixo-assinado e encaminhou para diversas instituições públicas, para evitar que a área fosse loteada. "Nós sabemos que o parque ambiental trará muitos benefícios para quem mora no Bujari. A área de conservação iria contribuir para recuperação do passivo ambiental, preservação dos afluentes do igarapé São Francisco, aumentar o repasse do ICMS Verde, além de se tornar uma área de turismo e lazer", enfatizou.

A promotora de justiça do Meio Ambiente, Meri Cristina Amaral, destacou que a participação da comunidade no processo de construção do projeto foi fundamental. "É com prazer, que nós, autoridades ambientais, acostumados a aplicar multa e punições, estamos participando de um momento especial. Nos meus 15 anos de carreira no Ministério Público nunca tinha visto a sociedade querer e defender a criação de uma área de conservação", completou.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Edegard de Deus, disse que só estava sendo possível referendar a criação do parque graças à união de esforços. "Essa idéia surgiu de uma demanda da sociedade, que contou com o apoio do prefeito, do Ministério Público e do Governo do Estado. Eu gostaria de parabenizar o Ministério Público por ter abraçado esta causa", concluiu.

Após a assinatura do decreto pelo prefeito, a proposta entrará em fase de implementação, que prevê várias medidas, entre as quais, a criação de um comitê gestor.

http://webserver.mp.ac.gov.br/audiencia-publica-discute-criacao-de-parq…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.