VOLTAR

Atlas revela riqueza de Pernanbuco

O Globo, Ciência e Vida, p. 22
07 de Jun de 2004

Atlas revela riqueza de Pernambuco

Letícia Lins

Com três ecossistemas bem distintos - Zona da Mata, Agreste e Sertão - Pernambuco tem um número estimado de 90 mil espécies de plantas e animais, das quais apenas oito mil encontram-se registradas. Mas o estado enfrenta níveis preocupantes de degradação ambiental. A destruição atinge 99% da Mata Atlântica original, enquanto a flora nativa da caatinga, está reduzida à metade.

As informações constam do Atlas da Biodiversidade de Pernambuco, que identificou 71 áreas para ações de conservação que, a partir de agora, servirão de termômetro e guia para trabalhos de recuperação ambiental.

O atlas é o segundo do gênero no país - o primeiro foi produzido em Minas Gerais - e acaba de ser lançado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco, após um levantamento efetuado por 117 especialistas de diferentes áreas.

De acordo com o atlas, 85% do estado têm vegetação típica da caatinga. Uma das situações mais críticas, entretanto, é a da Mata Atlântica. Ela se estendia por 16% de todo o território pernambucano, mas, atualmente, está restrita a manchas verdes dispersas, das quais sumiram animais antes muito comuns na região, como o macaco-guariba, a onça-parda e o veado-mateiro.

O atlas, que inclui o Arquipélago de Fernando de Noronha, revela um litoral rico, com extensos recifes de corais de até 20 metros de largura, que abrigam pelo menos cem espécies de esponjas e 650 de moluscos. No litoral pernambucano, os manguezais se misturam às restingas, onde ainda se observa frutíferas nativas como o cajá, a serigüela, o murici e a mangaba. O atlas está disponível a partir desta semana na internet, no endereço www.sectma.pe.gov.br.

O Globo, 07/06/2004, Ciência e Vida, p. 22

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.