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Atec comemora dia do índio com palestra sobre Pintura Corporal

Diário da Serra
Autor: Theodora Malacrida
12 de Abr de 2008

A semana do índio se aproxima e em comemoração à esta data, a Associação Tangaraense de Educação e Cultura (Atec) convidou o grupo indígena da etnia Paresi de Tangará da Serra, para falar aos alunos sobre a pintura corporal.
De acordo com a professora em coordenadora da escola, Vânia Marsi de Carvalho Chaves, o objetivo é fazer com que os alunos conheçam mais a cultura indígena. "A semana do índio começa nesta segunda-feira, mas antecipamos um pouco a data pois o grupo indígena estará indo para São Paulo, levando sua cultura à outro estado. Nosso objetivo maior é fazer com que os alunos conheçam um pouco dessa cultura que é tão rica e tem muito à nos ensinar", afirmou Vânia, ressaltando ainda que, todos os anos a Atec comemora o dia do índio, com visitas feitas à aldeias, montagem de ´ocas´ dentre várias comemorações realizadas.

Todos os alunos participaram de uma forma interativa. De acordo com o Cacique Daniel Kabixi, a pintura corporal é feita com frutas nativas colhidas pelos índios. "Só fazemos duas cores, que é o preto e o vermelho. A tinta preta é feita com o jenipapo, uma frutas de onde retiramos o liquido dela e passamos em nosso corpo. Já a cor vermelha vem do urucum, a semente que é feito o colorau", explicou Kabixi.

Segundo o responsável pelo grupo, Jéferson Azomaece, a pintura corporal sempre foi utilizada pelos povos indígenas, principalmente em festas, rituais e nas guerras. A pintura chega a permanecer na pele entre cinco à quinze dias. "A pintura faz parte do índio, todas as festas que fazemos na aldeia, como, festa da Menina Moça, Festa do Doente, Renovação de Instrumentos Sagrados, pintamos nosso corpo. E cada pintura tem um significado. Por exemplo, os antigos, quando guerreavam entre as tribos, a cor vermelha era a predominante", frisou Azomaece.

"Temos que valorizar e cultivar a cultura do povo indígena, e essa é mais uma forma de conhece-los mais de perto", acentuou Vânia.

Depois de conhecer um pouco mais sobre a pintura corporal, os alunos também puderam experimentar um pouquinho dessa cultura na própria pele, sendo pintados pelos próprios índios.

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