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Ataques de índios deixam fazendeiros preocupados

O Liberal-Belém-PA
28 de Mar de 2003

Campo Grande (Agência Estado) - Fazendeiros de dois municípios de Mato Grosso do Sul, estão temendo novos ataques dos índios da nação Terena e pedem providências para todas as autoridades no Estado. Os indígenas já invadiram cinco fazendas em Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, que ficam a 100 quilômetros de Campo Grande.

As invasões começaram no dia 22 de fevereiro deste ano e continuam acontecendo. Hoje, um grupo de fazendeiros terá audiência no Ministério Público Federal, quando solicitarão o despejo dos invasores ou pelo menos autorização para retirar móveis, utensílios domésticos, animais e realizar colheitas. As propriedades ocupadas pelos indígenas são a Fazenda Buriti, Recanto do Sabiá, Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, em Dois Irmãos. Em Sidrolândia, os índios invadiram a fazenda Santo Antonio. Todas elas com documentação completa e legal.

Sete das 12 famílias, que viviam nos imóveis invadidos estão acampadas em barracas de lona plástica fora das propriedades, segundo garante o presidente do Sindicato Rural de Sidrolândia, Valdo Antonio Nantes Coelho. As demais famílias estão abrigadas em casas de parentes e amigos.

Ontem pela manhã, os deputados estaduais aprovaram, moção de protesto contra as ações da Fundação Nacional do Índio (Funai), em razão das recentes invasões promovidas por índios. O documento ressalta que "a Funai desvirtua a sua função legal, deixando de cumprir as normas básicas do ordenamento jurídico, para se tornar um instrumento gerador de conflitos na área rural se dobra à vontade de grupos que usam da comunidade indígena como massa de manobras, para praticar a ilegalidade".

Os produtores estão se organizando pedindo às autoridades que consigam permissão para que eles entrem nas fazendas para colher o que plantaram, alegando que precisam comercializar a produção para pagamento de dívidas. Disseram que se a colheita não acontecer logo a perda será total. Além da soja e do milho, outras culturas também estão abandonas. Na Fazenda Buriti, por exemplo tem 16 mil pés de laranja que precisam de capina e aplicação de fertilizante. Existem ainda 26 mil pés de tomate, em fase de crescimento, hortaliças e variedades de legumes. Em outras três fazendas invadidas estão 1.300 bovinos em situação precária.

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