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Associação dos Moradores da Reserva Extrativista do Rio Jutaí promove intercâmbio de experiências com artesãos de Novo Airão/AM

FVA - http://www.fva.org.br/
05 de Dez de 2011

Entre os dias 15 e 18 de novembro, aconteceu na Aldeia do Gato, Terra indígena do Rio Biá, em Jutaí - AM, a Oficina de artesanato em Cipós e Talas. Ministrada pelo presidente da Associação de Artesãos de Novo Airão - AANA, Erivaldo de Souza Olar, o curso teve o objetivo de trocar experiências entre os participantes para o beneficiamento de cipós (Heteropsis spp. e Philodendron spp.) e talas de arumã (Ischonosiphon spp.), assim como demonstrar as formas de manejo desenvolvidas pela AANA, em parceria com a Fundação Vitória Amazônica - FVA, buscando a multiplicação dos conhecimentos compartilhados. Cerca de 40 pessoas participaram da oficina, sendo que 10 % foram da RESEX do Rio Jutaí, 5% Aldeia Batedor - Etnia Kulina, 85 % TI do Rio Biá - Etnia Katukina.

Neste mesmo período, desta vez na Aldeia Boca do Biá, foi ministrado o Curso de Beneficiamento de Artesanato de Madeira Morta Caída, pelo instrutor Juscelino Cardoso Robledo, da Associação Nov´Art de Novo Airão como proposta de alternativa de renda para as comunidades. A proposta foi de mostrar como é feito o trabalho desenvolvido pela Nov'Art, que promove o aproveitamento de madeira para produção de artesanato. Na ocasião houve participação de 25 pessoas , 30% da RESEX do Rio Jutaí e 70% da TI do Rio Biá.

A ideia dos cursos surgiu das demandas das comunidades beneficiadas pelo Projeto - Nos passos de Seu João Batista - Projeto de Geração de Renda Alternativa para as comunidades tradicionais do Rio Jutaí., iniciado em mês de abril, com previsão de término em Dezembro de 2011 e que conta com o apoio do Projeto Corredores Ecológicos.

De acordo com Andreza Carvalho , associada da ASPROJU, técnica florestal do IDAM/Jutaí-AM que coordena o Projeto, o apoio e experiência da AANA, Nov'Art e FVA foi fundamental para o sucesso do evento, pois apesar das experiências desenvolvidas nas comunidades do Jutaí, ainda não existem grupos organizados que trabalham com estas atividades nas proximidades de Jutaí.

Andreza afirma que o Projeto pretende ainda auxiliar na manutenção das manifestações culturais das comunidades locais, buscando garantir a sustentabilidade das atividades desenvolvidas, voltadas à geração de renda, epara tanto, as comunidades vão precisar de apoio dos parceiros como a Asproju - , Operação Amazônia Nativa, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas - IDAM, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, e outros que se disponibilizarem a colaborar. Segundo ela, tendo em vista que o Projeto Corredores Ecológicos apenas mostrou o caminho a seguir, o trabalho continua, e portanto, as comunidades precisarão de apoio no desenvolvimento de ações para o fortalecimento da cadeia produtiva, que inclui vencer barreiras como as dificuldades logísticas da região. Andreza ainda acrescenta que a partir deste primeiro passo, ainda precisarão desenvolver atividades continuadas de sensibilização e capacitação para o fortalecimento da iniciativa e todo apoio será fundamental.

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