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Assassinato de Dorothy Stang

FSP, Painel do Leitor, p. A3
Autor: FERNANDES, Delio
01 de Abr de 2005

Assassinato de Dorothy Stang

"Sinto-me no dever de prestar alguns esclarecimentos a respeito da reportagem "Polícia investiga mais dois no caso Dorothy" (Brasil, 29/3), em que tive meu nome citado. Sou proprietário de terras na região da Transamazônica, terras essas adquiridas de forma legal e transparente mediante participação em licitação pública promovida pelo governo federal em 1970. Minhas propriedades estão devidamente registradas e regularizadas, como podem comprovar títulos e documentos em meu poder, que coloco à disposição deste jornal. Sobre a afirmação de que Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de ser o mandante do assassinato da irmã Dorothy, teria pedido minha ajuda, devo esclarecer que nunca recebi nem muito menos atendi tal pedido. Não poderia emprestar um avião ao suspeito, como afirma o jornal, já que não tenho nem nunca tive avião. Quanto à afirmação de que o acusado teria usado um telefone da fazenda, vale ressaltar que, por ser o único em toda a região, funciona como se fosse um telefone público e seu uso é franqueado a todos os moradores ou transeuntes que passam pelo local. Cumpre acrescentar que, tão logo tomei conhecimento de que um veículo supostamente usado no crime fora encontrado na estrada que passa pela fazenda, informei o fato ao superintendente da Polícia Federal em Altamira. Também colaborei com a polícia emprestando um trator da fazenda para a remoção do veículo. Por minha formação moral e cristã, repudio atos como o que custou a vida de irmã Dorothy Stang, bem como todo tipo de violência para resolver conflitos. De acordo com esses mesmos valores, tenho por princípio resolver eventuais questões fundiárias que envolvam minhas propriedades dentro do mais estrito respeito à lei e à dignidade humana."

Délio Fernandes (Altamira, PA)

FSP, 01/04/2005, Painel do Leitor, p. A3

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