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Ashaninkas pedem ajuda a PF para impedir ação de madeireiros

A Gazeta-Rio Branco-AC
25 de Out de 2002

Os índios Ashaninkas que prenderam três peruanos extraindo madeira em suas terras na última quarta-feira aguardam a chegada de policiais federais para contornar o clima de insegurança no local. De acordo com informações prestadas pelo administrador da Funai em Rio Branco, Antônio Pereira Neto, os índios temem sofrer um ataque de outros peruanos que estariam se dirigindo à reserva para resgatar os companheiros presos.

O contrabando de madeira e as suspeitas de tráfico de droga por peruanos na região vem sendo denunciado desde 2000. Há três dias, os Ashaninkas comunicaram a Funai que iriam iniciar uma busca na área porque havia a suspeita de que peruanos estavam contrabandeado madeira da reserva.

O comunicado foi feito também à Polícia Federal, ao Ibama e outros órgãos que fazem parte do grupo de Cooperação ambiental fronteiriça Brasil-Peru.

Depois de encontrar os três contrabandistas identificados como Silas Manuel Zezap, Holem Ridota e Vitória Dárea, os índios fizeram a prisão e comunicaram à Funai em Rio Branco solicitando ajuda.

Segundo relatos, os peruanos estavam em grupo. Parte deles tinha retornado ao país.

A reação dos peruanos preocupa o administrador que considera a possibilidade de ataques dos estrangeiros.

"A nossa nacionalidade está afrontada. Os Ashaninkas têm feito um trabalho de vigilância na fronteira com o Peru que, em tese, caberia às instituições oficiais", declarou.

Antônio Pereira disse ainda que uma reunião do grupo Brasil-Peru estava prevista para acontecer no próximo dia 4 de novembro. A prisão dos peruanos deve antecipar o encontro nos próximos dias, isso considerando que a ação dos Ashaninkas já foi comunicada a todas as instituições.

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