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Após liberação de ponte, Índios fazem funcionários federais de reféns

24 Horas News
23 de Mai de 2008

Dois funcionários Miguel Foti, da Funasa de Brasília e Eimar Araújo, da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Brasília continuam mantidos como reféns de etnias indígenas do noroeste de Mato Grosso (730km de Cuiabá) desde o inicio da noite desta quinta feira, (22).

Segundo os lideres indígenas, os reféns somente serão liberados mediante a resolução das reivindicações feitas pelas etnias, eles querem ainda a presença do Coordenador Regional de Saúde Josafá Piaui Morrera que responde pela saúde da região noroeste do estado para discussão de melhorias nesta área.

"Queremos a presença do coordenador regional de saúde para resolver a questão da saúde indígena que é precária" destacou o cacique Jair Rikbaktsa.

O desbloqueio da ponte aconteceu na tarde desta quinta feira as 14:30h após cinco dias de manifesto dos índios, com a presença das autoridades citadas anteriormente e a organização indígena foi possível a liberação. Em seguida todos se dirigiram para o núcleo da FUNAI em Juina, onde uma nova reunião foi marcada e na ocasião foi anunciado pelos índios que todos estariam como reféns.

"Enquanto não resolverem nossos problemas, vamos manté-los como reféns" mencionou Fernando Rikbaksta, um dos lideres indígenas.

Eles garantiram que os reféns serão bem tratados, porem não poderão deixar o local. Dois Ônibus e outros carros chegaram da ponte onde acontecia a paralisação com centenas de índios para reforçar o manifesto.

Os índios querem assistência de saúde nas aldeias, nos pólos e casas de saúde indígenas da região. Também cobram solução para suspender a construção das PCHS no alto Juruena, compensação dos impactos causados pela PCH Juina construída na reserva dos povos Cinta Largas, estudos de impactos ambientais e compensação dos prejuízos causados com a construção da Hidrelétrica Dardanelos em Aripuanã, exigem ainda que a prefeitura aplique diretamente nas aldeias 40% dos recursos do ICMS Ecológico.

Mesmo reféns as autoridades continuam reunidas com os indígenas e devem elaborar documentos afim de garantir que as reivindicações serão atendidas.

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