FSP, Cotidiano, p. 2
18 de Jul de 2015
Após 36 dias, represas de SP registram queda simultânea
Cantareira tem a situação mais crítica; falta de chuva na cabeceira dos reservatórios é um dos motivos citados
DE SÃO PAULO
Após 36 dias, os seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo voltaram a registrar, simultaneamente, recuo em seus níveis de água.
O Cantareira, o maior da Grande SP e em situação mais crítica, opera com 14,9% da capacidade após recuo de 0,1 ponto percentual, de acordo com balanço da Sabesp divulgado nesta sexta-feira (17).
O sistema Alto Cotia foi o que registrou o maior recuo: 0,4 ponto percentual.
Um dos motivos é a falta de chuva na cabeceira dos sistemas, principalmente o do Cantareira, somada ao tempo seco dos últimos dias.
Do dia 1o de julho até agora, o manancial acumula 21,9 mm de chuva -o volume esperado no mês é de 50 mm.
O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.
Thomaz Garcia, meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências, da prefeitura), alerta que a tendência é que a reserva do Cantareira e dos demais sistemas continue a cair.
Segundo Garcia, não há previsão de chuva nos próximos dias. Apenas a partir do dia 25 é que pode chover de forma mais significativa.
O reservatório Alto Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 65,3% da capacidade.
Os níveis dos sistemas Rio Grande e Rio Claro recuaram 0,3 ponto percentual cada um. O reservatório Rio Grande, que atende 1,5 milhão de pessoas, opera com 91,4% da capacidade. Já o Rio Claro, que atende 1,5 milhão de pessoas, opera com 72,7%.
O nível do Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas, recuou 0,2 ponto percentual e opera com 19,5% da capacidade. A represa Guarapiranga, que abastece 5,2 milhões de pessoas, opera com 78,2% da capacidade.
FSP, 18/07/2015, Cotidiano, p. 2
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/226547-apos-36-dias-represas…
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