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Aneel quer pequenas hidrelétricas na região Norte

Gazeta Mercantil Norte
10 de Dez de 2001

Os inventários das bacias hidrográficas do Pará, Maranhão e Mato Grosso poderão garantir energia hidrelétrica para pequenas áreas que ainda estão fora do sistema interligado, caso, por exemplo, da margem esquerda do rio Amazonas, onde cidades como Alenquer ainda são atendidas por termelétricas.
No rio Mearim, Maranhão, a estimativa é de um potencial de 170 megawatts que será distribuído em pequenas usinas. No Pará, estima-se em 500 megawatts o potencial do rio Erepecuru. As usinas nessa área poderão atender, além de Alenquer, Óbidos e ainda outras cidades.
Como a demanda atual nessa área está em cerca de 30 megawatts, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer fazer projetos que permitam o aumento da capacidade de geração das usinas à medida em que a demanda for crescendo. De acordo com os técnicos da Agência, esse é o estudo mais complexo, dos nove que serão iniciados neste ano. A Aneel vai levantar ainda o potencial do rio Arinos, afluente do Tapajós para construção de usinas que poderão atender o norte do Mato Grosso. Ao todo, as bacias licitadas têm potencial estimado em 3 mil megawatts. A idéia do governo com esses estudos é licitar pequenas usinas a serem construídas pela iniciativa privada.
Na semana passada, a Agência habilitou nove empresas para a elaboração dos inventários que, além do Pará, Amazonas, Maranhão e Mato Grosso, espalham-se por Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os grupos habilitados foram Themag Engenharia, CNEC Engenharia S.A., Engevix Engenharia Ltda, Concremat Engenharia, Leme Engenharia, SPEC Planejamento Engenharia e Consultoria Ltda, Hydros Engenharia Ltda, Engecorps Engenharia e Construção e Enerconsult.
O resultado da primeira etapa da licitação foi publicado na sexta-feira, 7, no Diário Oficial da União. No dia 13, será feita a abertura das propostas de preço. Os vencedores serão conhecidos ainda em dezembro. Além da qualificação técnica, a disputa levará em conta o preço por estudo.
Após concluídos, os inventários farão parte de um banco de dados da Aneel e poderão ser repassados à iniciativa privada para execução das obras. Como as usinas vão atender áreas ainda pouco desenvolvidas, o governo deverá incentivos para quem se propuser a investir no negócio. A expectativa é de que as obras entrem em fase de conclusão a partir de 2010.

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