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Analistas do Cepta fazem pesquisa sobre a piraíba no Rio Tocantins

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Izabela Ribeiro
17 de Ago de 2009

Os analistas ambientais José Oswaldo Junqueira Mendonça e Paulo Sérgio Ceccarelli, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do ICMBio, realizaram coletas no rio Tocantins, em Tucuruí (PA). Eles tiveram o apoio do Centro de Proteção Ambiental (CPA), da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Eletronorte), em cumprimento de metas do projeto Conservação e monitoramento da biodiversidade de peixes da bacia hidrográfica dos rios Araguaia-Tocantins, aprovado pela Diretoria de Conservação da Biodiversidade (Dibio).

O projeto conta com três estudos - Aspectos migratórios, reprodutivos e genéticos da piraíba, Brachyplatystoma filamentosum, Pimelodidae, no ecossistema dos rios Tocantins/Araguaia; Biodiversidade de Parasitos de Peixes da Bacia Araguaia/Tocantins: aspectos taxonômicos, ecológicos e zoonóticos.; e Avaliação da dimensão espacial e temporal da diversidade de peixes em lagoas marginais presentes na Área de Proteção Ambiental (APA) Meandros do Rio Araguaia.

As coletas, feitas no período de 28 de julho a 3 de agosto, concentraram-se na espécie Brachyplatystoma filamentosum, conhecida popularmente como filhote ou piraíba, de ocorrência natural da bacia hidrográfica Araguaia/Tocantins e bacia amazônica. Essa espécie já vinha sendo estudada pelo Centro no rio Araguaia, na região de Luiz Alves, município de São Miguel do Araguaia, em Goiás.

Trata-se de espécie que possui comportamento migratório, de alto valor comercial. A pesca dessa espécie encontra-se proibida no estado de Goiás, por considerar que seu estoque está em declínio. Nos trabalhos de coleta realizados anteriormente pelo CEPTA no rio Araguaia, foram capturados somente exemplares de grande porte, acima de 1,5m.

Foram analisados ao todo 61 exemplares da espécie, dos quais foram retirados fragmentos de nadadeiras caudais para análises de caracterização genética e coleta de material para exames parasitológicos.

Ao contrário das coletas efetuadas pelo Cepta no Araguaia, em Tucuruí foram observadas a predominância de exemplares de pequeno porte, com 72% dos peixes analisados apresentando comprimento inferior a 1 m.

Com as coletas efetuadas em Tucuruí, será possível comparar a variabilidade genética dessa espécie a montante e a jusante da barragem, uma vez que a mesma impede o seu fluxo migratório no ecossistema Araguaia/Tocantins, ocasionando um isolamento populacional dos estoques. Permitirá, igualmente, comparar a ocorrência de parasitos da piraíba a montante e a jusante de Tucuruí.

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