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Autor: Clenon Ferreira
02 de Out de 2017
Um indígena olha para o horizonte em meio a arbustos e passarinhos. As cores quentes e o grafismo criado pelo artista Wes Gama ilustram o cartaz da 17ª Goiânia Mostra Curtas. Neste ano, a Curta Mostra Especial - única não competitiva do festival - chega com o eixo temático sobre Os Índios e o Cinema, com 12 filmes da mais recente produção audiovisual indígena escolhidos pela curadora Rita Carelli. Há ainda uma homenagem ao casal de realizadores Suely e Isael Maxakali e o Coletivo Mbya-Guarani, fruto de um trabalho de anos na formação de vídeo em aldeias, como a dos guarani mbya, no Rio Grande do Sul.
No encerramento, no domingo, o cinema indígena volta a integrar as pautas de discussão com a homenagem ao conjunto da obra do cineasta indigenista Vincent Carelli. Diretor de Martírio, documentário que faz um duro relato da luta dos guarani caiovás pela retomada de suas terras, Carelli foi o grande vencedor do Fica 2017, realizado em junho na cidade de Goiás. Na ocasião, o realizador levou os prêmios de melhor obra do festival e melhor longa-metragem. No ano passado, o filme ganhou o prêmio do júri no Festival de Brasília. "É um tema que precisa ser reiterado e discutido sempre, num momento em que os olhares devem ser direcionados para as minorias sociais", comenta a coordenadora do Goiânia Mostra Curtas, Maria Abdalla.
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