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Ameaça de suicídio adia despejo

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
08 de Mar de 2002

A ameaça de suicídio coletivo dos cerca de 300 índios da nação guarani-caiuá forçou a Justiça Federal a adiar o despejo da comunidade. Uma operação da Polícia Federal previa a retira à força dos indígenas da Fazenda Fronteira, no município de Antônio João, divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Segundo comunicado da Procuradoria da Fundação Nacional do Índio (Funai), o novo prazo estabelecido para a saída pacífica é de 90 dias. Pela determinação judicial anterior, as famílias teriam de sair até ontem da área de 30 hectares ocupada há três anos na fazenda de 1.422 hectares de propriedade do prefeito Décio Queiroz. O impasse pela reintegração de posse se arrasta desde janeiro.
Na segunda, os índios demonstraram que a decisão de morte coletiva poderia ser colocada em prática, quando o índio guarani Ramão da Silva, de 22 anos, se matou, depois de ter confessado estar triste por causa do impasse. Galões de herbicidas que seriam usados como veneno foram escondidos no acampamento. Além da fazenda Fronteira, os índios reivindicam mais de 7.878 hectares, em várias propriedades no município de Antônio João, que eram ocupados por seus antecedentes. Levantamentos preliminares da Funai apontam que as áreas são terra indígena.

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