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Amazônia Viva: Natura promove debate com Guardiões da Floresta

O Globo - https://oglobo.globo.com/
17 de Set de 2021

Para celebrar o Mês da Amazônia marca reúne defensores da vida na floresta

No Mês da Amazônia, a Natura EKOS promove uma série de diálogos fundamentais que discutem a importância de nossas ações para manter a floresta em pé. Abrindo essa série, no dia 9 de setembro foi apresentado o painel "Guardiões da Floresta". Transmitido para o Brasil e outros seis países pelo canal do YouTube da marca, o evento reuniu guardiões inspiradores e foi mediado pela modelo e apresentadora Carol Ribeiro.

Abrindo o painel, a paraense trouxe informações sobre a floresta, que é, por exemplo, grande responsável pelas chuvas da América do Sul, pela produção de alimentos, uma das reguladoras do clima global, detentora da maior reserva de água doce do mundo e, ainda, casa de milhões de cidadãos.

Mas apesar da tamanha importância, essa região vem sofrendo com recorde de desmatamento e queimadas. "A Amazônia precisa de pessoas aguerridas que defendam a vida na floresta com a mesma intensidade que ela, há milênios, defende a nossa", afirmou Carol.

Assumindo o papel de guardiões, os participantes exaltaram seus poderes, convidando a uma reflexão sobre como cada um é capaz de ajudar à sua maneira.

A cantora paraense Liège citou seu canto ancestral como a voz do povo que ecoa pela floresta. O influenciador José Neto, indígena kaeté, falou de seu poder de gerar negócios que deixam a floresta em pé e também do uso da internet, que é a ferramenta pela qual ele compartilha a Amazônia com o mundo.

Já o ilustrador João Queiroz, nascido em Rondônia, criador do Amazofuturismo, citou o poder dos símbolos, da arte visual para mudar uma cultura e trazer novas possibilidades.

O empreendedor, ecologista e influenciador peruano Gian Piero Mubarak ressaltou o trabalho com as comunidades e o comprometimento, sendo essa uma parte da solução para o enfrentamento dos problemas climáticos.

Representando a Natura, Andrea Alvares, vice-presidente de Marca, Inovação, Internacionalização e Sustentabilidade, falou sobre a trajetória da companhia na Amazônia e lembrou que a atuação no local tem mais de 20 anos. À época, os líderes da empresa enxergaram que a floresta precisava de cuidados e que, ao mesmo tempo, era possível criar um modelo de negócio sustentável, um caminho para a regeneração.

"Ao longo dessa história, desenvolvemos cadeias da sociobiodiversidade, parcerias com mais de 7 mil famílias, 40 bioativos, quase 28 mil pessoas conectadas à essa rede, com investimentos expressivos na região. Hoje, quando olhamos para os territórios onde estamos instalados, percebemos que de fato há uma resiliência da floresta. Nos últimos 10 anos, conseguimos ajudar a preservar 2 milhões de hectares de floresta em pé. Número incrível, mas insuficiente. Precisamos ampliar essa rede para reverter o cenário de degradação", reforçou Andrea.

A importância do Amazofuturismo

A proposta é mostrar que é possível termos uma Amazônia onde ciência, arte, cultura, povos tradicionais e tecnologias convivem em harmonia. "A agenda do Amazofuturismo e os fazedores do presente, assim como os personagens do futuro, são forma de darmos vida a essa ideia", comentou Andrea.

O criador do projeto, João Queiroz, usa sua arte para quebrar o estereótipo das pessoas que vivem na região, retratando a concordância entre o tradicional e o contemporâneo. É importante apresentar uma nova estética para repensar as escolhas de hoje.

"Precisamos quebrar a dicotomia entre civilização e natureza. Pensar a natureza não como algo fora da gente, mas como um ser vivo, e nós estamos inclusos nele", aponta. Ele ainda ressaltou a importância da inclusão dos povos originários nesse cenário. "Essa estética pode servir como forma de imaginar um novo futuro para o Brasil, com uma visão otimista. Quem sabe possamos ser um polo de pesquisa de biotecnologia sustentável", disse.

Nesse panorama, é necessário valorizar a diversidade, ensinar e falar sobre a cultura dos povos indígenas, que são mais de 300 em nosso País. "Assim, levaremos respeito a todos eles. É uma característica intrínseca desses povos a relação próxima com a natureza, sentindo-se parte dela. Falar sobre isso pode inspirar e modificar o pensamento da nova geração que vem aí, que é responsável também por ser guardiã da floresta", apontou José Neto.

E como a arte tem poder transformador, uma das boas notícias apresentadas no painel foi a de uma parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Pará para canalizar um investimento expressivo para a região: "R$ 3,3 milhões para dobrar a aposta em termos de dar visibilidade e condições para que essa arte e a música que são feitas na região ganhem a potência e a voz que merecem", contou Andrea.

O debate passou ainda pela discussão inadiável sobre o mercado de carbono e a necessidade de transição das economias de alta para baixa emissão. A Natura é neutra desde 2007, mas a ambição para 2030 é chegar ao carbono zero.

Para terminar o painel, um recado exclusivo da embaixadora da causa Amazônia Viva e de Natura Ekos, Giselle Bündchen: "Juntos, podemos construir um futuro diferente com as nossas escolhas hoje. Um futuro em que os povos da floresta prosperem e tenham sua cultura respeitada. Um futuro com mais pesquisa e valorização de soluções que vêm da floresta. Onde o mundo todo entendeu que a floresta vale mais em pé do que derrubada".

Liège fez um pocket show convidando os guardiões a se multipliquem até que possamos ser parte do mesmo escudo protetor.

Para conferir na íntegra, acesse https://www.youtube.com/user/naturabemestarbem.

https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/amazonia-viva-natura-prom…

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