VOLTAR

A Amazônia é nossa?

A notícia - www.clicrbs.com.br
28 de Set de 2010

Os que leem regularmente essa coluna sabem que sou defensora intransigente da ética ambiental, a ponto de, às vezes, ser rotulada de "ecochata". Mea culpa, e é por isso que agora trago uma reflexão sobre onde o discurso ambientalista está sendo usado de maneira oportunista e perniciosa aos interesses nacionais.

Quem teve oportunidade de ter contato com um livro chamado "A Máfia Verde", cujas edições têm sido sistematicamente retiradas do mercado por algumas ONGs internacionais, sabe do que estou falando. A Amazônia e seu subsolo são ricos em commodities que atualmente permanecem sem exploração sistemática. É do interesse de corporações internacionais e de países de índole colonial que assim permaneça.

Dessa maneira, o Brasil não desponta ainda mais como liderança regional e esses recursos ficam intactos. O discurso ambiental, nesse sentido, é apenas uma fachada, com argumentos de que se deve manter a natureza intacta, em benefício da fauna e flora da região. Uma segunda vertente ainda sutil é o argumento da Amazônia como o pulmão do mundo, a sua importância para toda a humanidade, a necessidade de autonomia dos povos da floresta, oprimidos que estão pelos interesses comerciais imediatos de pecuaristas e madeireiros. Em futuro próximo, é possível que sejamos colocados no "eixo do mal", junto com o Irã e a Coreia do Norte, por estarmos destruindo um patrimônio comum da humanidade.

José Bonifácio de Andrada e Silva afirmava que o Brasil, com árduo esforço, tinha conquistado sua unidade por intermédio da soberania, mas que ainda faltava o que era mais importante, a unidade por intermédio da cidadania. Esse seria o cimento garantidor da integridade nacional.

O que o discurso ambientalista expõe, infelizmente, é verdade. Caberia ao governo e à Nação como um todo reverter esse quadro e não deixar razões suficientes para uma futura ameaça à soberania, mormente agora, com a descoberta do pré-sal. O que se vê, ao contrário, são ONGs internacionais suprindo o papel do Estado e aliciando os povos originários.

Fundações estrangeiras têm financiados estudos jurídicos e antropológicos sobre multiculturalismo, autonomia total dentro de um Estado soberano e por aí vai. Pastores e cientistas na Amazônia têm um biotipo incrivelmente coincidente com membros de forças especiais.

Enquanto é tempo, devemos dar melhores condições às nossas Forças Armadas que já desempenham um importante papel na região amazônica e, acima de tudo, levarmos, nós mesmos, sem intermediários, cidadania aos nossos irmãos brasileiros. Se a natureza fosse a pauta real, nenhuma ONG no Brasil silenciaria diante do destruição da mata atlântica e de empreendimentos como fosfateira e estaleiros em unidades de conservação.

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&sourc…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.