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Autor: Carlos Alberto Di Franco
18 de Ago de 2024
A Amazônia é objeto da cobiça internacional. É um fato. Narrativas construídas de costas para a verdade e reproduzidas em fóruns estratégicos pavimentam um projeto que pretende questionar a nossa soberania sobre o fascinante continente verde.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, visitou o Brasil no fim de julho para participar de reunião com autoridades do G20 no Rio de Janeiro. Mas, como lembrou Aldo Rebelo, "dedicou seu precioso tempo ao tema da hora na geopolítica mundial: a Amazônia e o aquecimento global".
Yellen propôs ao Brasil o papel de provedor de recursos naturais, ou seja, terras raras, que também atendem pelo nome de minerais estratégicos para a indústria dos Estados Unidos. Como bem lembrou Rebelo, notável conhecedor da região, "não é necessário acrescentar que a Amazônia, a mais promissora fronteira mineral do mundo, está coberta de minérios raros, até agora bloqueados pela ação de ONGs financiadas no exterior".
Mas a secretária, estimulada com a omissão e o silêncio do governo brasileiro, propôs um termo de cooperação entre os serviços de inteligência e segurança dos Estados Unidos com os serviços de inteligência e segurança dos países amazônicos. É a ousadia de um império em visita a um dos seus enclaves. Claro assim.
Chegou a hora de preservar o meio ambiente. Mas já passou da hora de promover o desenvolvimento da Amazônia e resgatar a vida e a dignidade de milhões de brasileiros
Enquanto isso, uma classificação criada por pesquisadores da Universidade de Harvard apontou as cidades da Amazônia como as de pior qualidade de vida no Brasil; liderando a classificação, os municípios com maior presença de população indígena. Nenhuma palavra para os 30 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.
Chegou a hora de preservar o meio ambiente. Mas já passou da hora de promover o desenvolvimento da região e resgatar a vida e a dignidade de milhões de brasileiros. A soberania da Amazônia exige pensar grande e investir na força da informação verdadeira.
O Grupo Rede Amazônica, conglomerado de mídia que visa integrar e desenvolver a Amazônia por meio da informação, entretenimento e educação, deu um passo decisivo ao criar uma agência de notícias sobre a Amazônia: a Amazon Agency. Com conteúdos exclusivos e com foco no mercado internacional, a agência oferece cobertura completa sobre os principais assuntos relacionados à região, em formatos variados, como vídeos, fotos e textos. As agências Reuters e Associated Press confiaram na qualidade do projeto e são parceiras da Amazon Agency no empenho de divulgação da Amazônia real.
Como conselheiro do Grupo, participei da iniciativa com grande entusiasmo. Estou convencido da importância da Amazônia para o Brasil e para o mundo. Daí a urgente necessidade de oferecer uma informação de alta qualidade técnica e ética.
O CEO do Grupo Rede Amazônica e um dos idealizadores do projeto, Phelippe Daou Junior, comentou que "o grande objetivo pensado é o de levar a Amazônia para o mundo, mas com a visão de quem vive aqui". O site oficial da agência é o portfólio de conteúdos e notícias que o mundo já pode acessar.
A Amazônia é dos amazônidas e dos brasileiros. Não pode ser sequestrada pela cobiça internacional e pelo descaso dos governos. Preservar o meio ambiente é uma necessidade. Mas promover o desenvolvimento é um dever humanitário essencial. Não é aceitável que milhões de brasileiros vivam sem saneamento básico, saúde e educação. Chegou a hora de unir os brasileiros na construção de uma magnífica causa: a soberania e o desenvolvimento da Amazônia. E isso passa, sem dúvida, por informação de credibilidade. Eis aqui, amigo leitor, a motivação central da Amazon Agency.
Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação das organizações não governamentais (ONGs) na Amazônia, Aldo Rebelo afirmou que convivem na região três Estados paralelos: o primeiro seria o oficial, das prefeituras, estados e União, com suas agências e órgãos; o segundo seria o do crime organizado e narcotráfico; e o terceiro é o que ele chama de "Estado paralelo das ONGs".
A Amazônia é dos amazônidas e dos brasileiros. Não pode ser sequestrada pela cobiça internacional e pelo descaso dos governos
Existem, por óbvio, ONGs sérias e que desenvolvem um bom trabalho. Outras, no entanto, são apenas instrumentos de interesses internacionais. "Não é pelo meio ambiente que a Amazônia está em evidência. É pelos nossos bens", enfatizou Rebelo.
A Amazônia reclama comunicação de qualidade. Quem informar com seriedade será bem percebido pela sociedade. Vivemos um momento disruptivo e de desintermediação. Todos, sem exceção, percebem que chegou para o jornalismo a hora da reinvenção.
O jornalismo reclama alguns valores essenciais: amor pela verdade, paixão pela liberdade e uma imensa capacidade de sonhar e de inovar. O jornalismo sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.
É isso, e só isso, o grande objetivo da Amazon Agency. Fazer jornalismo propositivo. Não ocultar os equívocos, mas valorizar as oportunidades. A Amazônia merece a defesa, o entusiasmo e o trabalho de todos nós.
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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