Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ
Autor: Gilberto Ubaiara
19 de Abr de 2004
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), anunciou hoje a lideranças indígenas de nove etnias que vivem no Estado (Galibi, Galibi Marworno, Karipuna, Palikur, Waiãpi, Aparai, Wayana, Tiriyó e Kaxuyana) a criação da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas. O projeto de lei está sendo encaminhado à Assembléia Legislativa.
Com quatro reservas indígenas com processos de demarcação totalmente concluídos (Galibi, Juminã, Uaçá, Waiâpi), o que corresponde a mais de 30% de toda área territorial do Estado, a nova secretaria deverá atuar na coordenação das ações de governo e políticas sociais para as aldeias. No ano passado, o governo investiu com recursos próprios R$ 2 milhões somente em projetos de educação indígena.
Os líderes presentes na abertura da Semana dos Povos Indígenas em Macapá foram consensuais ao afirmarem que o novo organismo é um avanço, mas pediram ao governo que os integrantes das aldeias também possam propor políticas para o setor e que o governo lidere um processo de articulação com os organismos federais e dos municípios onde estão as reservas. Eles reclamaram da atuação da Funai e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
'Hoje é um dia feliz para nós. O Amapá é um dos poucos estados onde os índios vivem em harmonia com os demais setores da sociedade', afirmou o cacique Kaubi Waiãpi, presidente do Conselho das Aldeias Indígenas Waiãpi, ao fazer referência aos 'parentes' de Rondônia.
O Amapá tem uma população de 6.699 índios e apresenta, segundo a Funai, evidências de povos isolados sem nenhum contato com os brancos.
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.