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Alunos quilombolas vão ganhar novas escolas

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06 de Nov de 2012

Alunos quilombolas vão ganhar novas escolas

Os 183 estudantes das duas escolas quilombolas mantidas pela rede estadual de ensino - Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, em Adrianópolis, e Escola Estadual Quilombola Maria Joana Ferreira, em Palmas - vão receber novos prédios escolares. A construção deve iniciar em 2013, segundo anunciou nesta terça-feira (6) o governador em exercício Flávio Arns durante almoço no Palácio Iguaçu com 39 estudantes de comunidades quilombola. O Governo também planeja construir mais sete escolas quilombolas.

Os recursos para a construção das novas sedes das escolas virão de parcerias com dois programas federais - o Programa Nacional de Educação do Campo e Plano Brasil. Quilombola (PBQ). As novas unidades ainda estão em fase de elaboração de projetos.

"É importante que a comunidade participe de todo o processo e esteja junto nas etapas do planejamento. Com certeza, até o ano que vem, as escolas começarão a ser construídas", garantiu Arns.

O almoço com o governador em exercício faz parte de uma das atividades que o grupo de estudantes participa até esta quinta-feira (8). O encontro dos alunos quilombolas está sendo realizado desde segunda-feira, no Centro de Educação Profissional (CEEP) Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e está sendo organizado pela Secretaria de Educação.

De acordo com a diretora do Departamento da Diversidade, Luciane Fagundes Mendes, o encontro abre os eventos da comemoração do mês da consciência negra, que serão realizados pela Secretaria.

Até o fim da semana, os alunos estarão realizando passeios turísticos e culturais como visitas ao Museu Oscar Niemeyer, passeio com jardineira pelos parques de Curitiba, Torre das Mercês, Cindacta, Museu Ferroviário, Zoológico e Praça Zumbi dos Palmares. É a primeira vez que o governo estadual realiza esse tipo de atividade.

Para o governador em exercício, é importante que o governo tenha preocupação com as diferentes manifestações culturais. "Os quilombolas no geral são comunidades marginalizadas que dependem muito de políticas públicas nas áreas de transporte, de saúde, de educação. Com esse encontro, nós queremos dizer que essas comunidades são importantes, valiosas e que buscamos dar visibilidade a todas essas pessoas", afirmou Arns.

TRANSFORMAÇÃO - Dar oportunidade aos alunos para que eles sejam agentes de transformação de sua própria comunidade é a principal lição que a vinda a Curitiba está garantindo para os alunos da pedagoga Maria Isabel Cabral da Silva, 30 anos, da Escola Estadual Quilombola Maria Joana, em Palmas.

Maria Isabel, que também é quilombola, deixou de dar aulas numa escola particular para se dedicar às crianças e adolescentes de sua comunidade. "É um orgulho estar aqui. O quilombola ainda é um povo invisível e almoçar com o governador, que também é Secretário de Educação, é uma oportunidade de dar visibilidade à nossa comunidade", disse.

A pedagoga Gislaine Pereira, do Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, de Adrianópolis, ressaltou que foi uma oportunidade ímpar para as crianças. "É importante que os estudantes estejam conversando com ele (Flávio Arns) para melhorar a educação de suas localidades", afirmou.

Para estudante Nayara Bello, 14 anos, do 8o ano do ensino fundamental da Escola Estadual Quilombola Maria Joana, além da oportunidade de conhecer lugares diferentes, é um privilégio discutir as reinvindicações da sua escola. "Pudemos mostrar e falar da realidade que a gente vive, de uma maneira muito natural", disse Nayara.

Já Gislaine Galvão Pereira, 13 anos, do 9o ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Diogo Ramos, contou que não é a primeira vez que vem a Curitiba. "Agora, estou podendo conhecer melhor a cidade. Mas também é muito bom poder expressar como é a nossa comunidade", afirmou.

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