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Alunos de Campinas aprendem arte indígena com Tun-Kô

Site da Funai
21 de Jun de 2004

O artista plástico, Antônio Carvalho Tun-kô, 63 anos, índio da etnia Gavião, está de malas prontas para Campinas (SP). Ele foi contratado pela direção da rede de ensino Vivendo e Aprendendo, que mantém escolas nas principais cidades do País, para ministrar aulas e palestras para aos alunos, entre outros projetos. A IESCAMP (Instituto de Ensino Superior de Campinas), da mesma rede, também pretende realizar um trabalho de campo com Tun-kô, voltado para a arte indígena, contemplando os universitários.

Como defensor nato da fauna e da flora, o indígena, que mora em Brasília há vinte anos, trabalha com a divulgação da cultura de seu povo, com vistas à conservação do meio ambiente. Há seis anos começou a se dedicar às artes plásticas. Este ano, em abril, em comemoração à Semana do Índio, ele expôs uma série de obras no hall do Ministério da Educação (MEC).

O tema e o estilo das obras despertaram a atenção da diretora da rede de ensino Vivendo e Aprendendo, de Campinas (SP), Maria José De Santos Navarro: "É necessário resgatar o passado, as nossas origens, mostrar para as crianças uma realidade bem brasileira, que está esquecida", comentou a professora. Para isso, ela propôs ao artista Tun-Kô a construção de um espaço cultural, em um terreno da rede Vivendo e Aprendendo, para divulgação de trabalhos artísticos e em especial da cultura indígena.

Em 2002, Tun-Kô levou a exposição Esquecidos na História - Um povo Chamado Índio, à Eslováquia e aos brasilienses, no Espaço Cultural do Pátio Brasil, Colégio Mackenzie e na sede do Tribunal Regional Federal, em Brasília. O resultado da sua arte é fruto de diversas pesquisas realizadas nas diversas etnias do país.

Representação de animais, artesanatos, pinturas corporais e máscaras indígenas, em cores fortes, além da colagem de materiais da natureza, são as técnicas utilizadas por Tun-kô. Outra técnica interessante utilizada pelo artista é o uso do líquido extraído do urucum e jenipapo na produção das tintas. No entanto sua maior preocupação é a despreconceitualização da temática indígena: "Sempre procuro mostrar a cultura indígena aos não-índios e divulgar nossa tradição por meio de palestras e de aulas práticas", resumiu Tun-kô.

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