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Almir Sater assume o Parque Regional do Pantanal

Ambientebrasil.org.br
16 de Abr de 2003

A consolidação do Parque Regional do Pantanal nos próximos dois anos como unidade de desenvolvimento sustentável será uma das principais metas do cantor, violeiro e produtor rural Almir Sater, que assumiu a presidência do IPP (Instituto Parque do Pantanal).

A viabilização do projeto, único no Brasil como modelo de gestão participativa governo- produtor, baseia-se no tripé meio ambiente, economia e social.

"O parque exercita a vocação natural do pantaneiro pela conservação, por isso é diferenciado e repercute fora do Brasil como novo paradigma de gestão ambiental sem o trauma da desapropriação", afirma Sater. Dono de propriedade dentro da área do parque - a fazenda Campo Novo, de 25 mil hectares, na região de Aquidauana -, o artista e pantaneiro nascido em Campo Grande disse que até o final do ano um dos principais produtos com selo do parque, o vitelo orgânico, estará entre as principais carnes nobres comercializadas no país.

O Parque Regional do Pantanal é um modelo de gestão compartilhada onde a participação do pantaneiro é espontânea, em forma de adesão a um projeto que será desenvolvido em etapas de cinco anos. A área total da unidade tem cinco milhões de hectares - um terço de todo o Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso -, dos quais dois milhões de hectares já estão incorporados através da somatória de 180 fazendas que aderiram ao projeto. O parque abrange cinco municípios sul-mato-grossenses: Aquidauana, Miranda, Corumbá, Rio Verde e Rio Negro.

Almir Sater assumiu a presidência da diretoria executiva do IPP - entidade criada para administrar o parque e coordenar os projetos econômicos, ambientais e sociais - por dois anos. A posse foi na noite de segunda-feira, no Buffet Yotede, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. A participação do cantor nas discussões do projeto e no envolvimento dos governos federal e de Mato Grosso do Sul foram fundamentais para a criação do parque pelo governador Zeca do PT, em agosto de 2002.

"O futuro do Pantanal é esse, ou seja, valorizar o homem e sua sabedoria simples de conservação e implantar projetos técnicos que venham a agregar valores sem destruir a natureza", observou. Sater destacou a iniciativa do governador Zeca do PT de confiar no projeto do parque, concebido com o apoio do Fundo Francês para o Meio Ambiente e Comunidade Européia, ressaltando que sua criação (por decreto em 12 de agosto de 2002) foi "um ato de coragem, revelando, sobretudo, visão de futuro".

A diretoria executiva do IPP é assim formada: presidente, Almir Sater; vice-presidente, João Ildefonso Murano; diretoria administrativo- financeira, Darci Lopes Barbosa; diretoria de desenvolvimento, Carla Alves Corrêa Reis; e secretário-executivo, José Marques de Souza. Os principais projetos experimentais em execução são o vitelo pantaneiro, criação de animais exóticos, manejo sustentável de algumas espécies (capivara, cateto, porco monteiro, ema e jacaré), educação (escolas pantaneiras) e valorização da cultura pantaneira.
(-Ambiente Brasil-Brasilia-DF e (Instituto Parque do Pantanal )-16/04/03)

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