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Algumas notícias recentes sobre a mobilização dos índios Potiguara

Equipe do G.T. Indígena/SEAMPO/CCHLA/UFPB-João Pessoa-PB
28 de Mai de 2002

Nos últimos dois meses o G.T. Indígena do SEAMPO/CCHLA/UFPB têm
acompanhado algumas das ações empreendidas pelas lideranças Potiguara no sentido de
reafirmar seus direitos constitucionais e na articulação com outros povos indígenas do
Nordeste em busca de um fortalecimento dos laços de solidariedade entre esses grupos
sociais em suas demandas políticas.
Um desses atos foi a presença de uma delegação de lideranças Potiguara à II Assembléia do
Povo Xukuru, de 17 a 20 de maio, na Serra do Ororubá, Pesqueira - PE. Estiveram presentes o cacique-geral Caboquinho e sua esposa Lúcia; Capitão, vereador pelo PT e membro do G.T. Indígena; Luís, cacique da aldeia Cumaru; Itamar, um dos diretores da Associação Produtiva da Aldeia São Francisco, e Ferreira. Nesta visita foram reafirmados os laços de amizade e cooperação com os parentes do povo Xukuru. O discurso das lideranças Potiguara no ato público que lembrou os 4 anos do assassinato do cacique Xicão foi enfático ao afirmar apoio irrestrito à luta dos Xukuru, que na vida e morte de Xicão representa a luta dos povos indígenas brasileiros pela construção de uma sociedade mais justa, que respeite as diferenças étnicas e culturais, reconhecendo seus direitos que apenas a partir de 1988 foram considerados de forma menos prepotente e autoritária pelo Estado.
VITÓRIA! É este o sentimento da comunidade Potiguara da Vila de Monte-Mór, que vinha
sendo ameaçada por uma ação coletiva de despejo movida pela Companhia de Tecidos Rio
Tinto, conforme noticiamos há pouco tempo. De acordo com informações da FUNAI e dos
próprios índios, o Ministério Público conseguiu uma liminar que garante a permanência dos
índios nas casas pleiteadas pela CTRT, sem que estes tenham que pagar aluguel pelas
mesmas.Sábado, 01/06 haverá um TORÉ PESADO em comemoração a esta conquista.
Genealogia Potiguara. Após meses de pressão dos índios sobre a FUNAI local foram
divulgadas entre a comunidade as listas das famílias indígenas que habitavam a sesmaria de
Monte-Mór (1866-7) e um relatório do S.P.I. (+1920) discriminando as famílias dos ocupantes indígenas e não indígenas na área da antiga sesmaria de São Miguel. A partir de agora, de posse dessas informações e confrontando-as com a memória dos mais antigos, as lideranças Potiguara tencionam de uma vez por todas solucionar o problema dos ocupantes não-índios (chamados de particulares) de sua terra. Além disso, desautorizar pessoas que circulam pelo

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