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Aldeias indígenas paraenses vão ser beneficiadas por programas federais

O Liberal-Belém-PA
15 de Jan de 2004

Aldeias indígenas paraenses estão sendo saneadas. Noventa e nove delas vão receber módulos sanitários domiciliares, sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem até o final deste ano. Técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Coordenação Regional do órgão no Pará (Core-PA) estão viajando, hoje, para o sul do Estado, em visita as aldeias Kikategê, Pykararanke, Kriketum e Gorotire para inauguração dos microssistemas de abastecimento de água. Reformas de postos de saúde também serão reinauguradas. Nesta primeira etapa, mais de 1,6 mil índios serão beneficiados.

Com vistas a garantir saneamento básico, abastecimento de água, saúde preventiva e curativa das comunidades, investimentos do governo federal estão sendo utilizados, neste primeiro momento, na recuperação de Casas de Saúde Indígena (Casai) de Icoaraci, Marabá e Itaituba, na construção de sistemas de água e de saneamento básico em 36 aldeias, além de treinamentos específicos na formação de agentes de saúde indígena. Os índios passam a funcionar como orientadores de saúde. Com o treinamento ficam aptos a prestarem os primeiros-socorros quando necessário. A escolha do agente é feita pela própria comunidade.

Mais de 90% dos investimentos de 2001 e 2002 já foram repassados, o equivalente a R$ 3.404.296,36 do total de R$ 3.730.410,48, recursos estes referentes a 14 convênios. Em 2003 foi disponibilizada pelo governo federal a quantia de R$ 1,2 milhão e está previsto no orçamento de 2004, a quantia de R$ 1,3 milhão para ser aplicada na melhoria da qualidade de vida dos povos indígenas do Pará. Parte dos investimentos está sendo realizada em parceria com as prefeituras municipais. No momento, os investimentos estão atendendo à comunidades indígenas dos municípios de Altamira, Itaituba, Redenção, Paragominas, Marabá, Ourém e Tucuruí, através dos Distritos de Saúde Indígena de Altamira, Guamá-Tocantins, Tapajós e Kaiapó.

Segundo Giovanni Queiroz, presidente da Funasa no Paráa, com a liberação do recurso prevista até o mês de março, garantiu que até o mês de junho deste ano, 80% das obras estarão concluídas: mais de três mil módulos sanitários estarão implantados e o sistema de abastecimento de água, que inclui poços artesianos, casas de máquinas, caixas d'águas e a distribuição nas residências, estarão em funcionamento. "Além dos microsistemas de água, grupos de geradores estarão em funcionamento", declarou Giovanni.

Para a diretora do Departamento de Saúde Pública da Funasa, Kátia Regina Ern, " a preocupação na implantação das melhorias nas aldeias gira em torno da manutenção dos costumes indígenas. As informações dos pajés, por exemplo, são utilizadas nos treinamentos de formação de agentes de saúde e na prevenção à saúde dos índios".

Moradores das aldeias estão recebendo treinamento quanto à destinação do lixo, tratamento da água, cuidados com a pele e sobre a saúde preventiva e curativa. Os cuidados com a alimentação facilitam o combate à desnutrição e a fatores que provocam a diarréia. Informações sobre como prevenir outras doenças que acometem as populações indígenas como a malária, dengue, hepatite e dermatites também estão sendo repassadas por técnicos da Funasa.

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