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Aldeia tem influência de não-índios

Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
30 de Jan de 2005

A aldeia Camurupim lembra uma pacata cidadezinha do interior. Localizada na zona rural do município de Marcação, localizado a 72 km ao norte de João Pessoa, ela abriga, de acordo com a Funai, 160 famílias (aproximadamente 700 habitantes).
A idéia de uma aldeia com índios nus ou seminus circulando entre ocas se desfaz logo na chegada ao local.
Praticamente todas as casas são de alvenaria. Apesar de algumas serem rústicas e mal conservadas, a maioria das residências dispõe de serviços de água e luz.
Na casa do ex-cacique Manoel Cassiano Soares, a televisão colorida sobre a estante de madeira na sala demonstra a influência de não-índios sobre os costumes dos potiguaras. "É preciso estar bem informado", disse o ex-cacique.
Para evitar que o tupi, que é a língua original dos potiguaras, seja completamente substituída pelo português, o idioma é ensinado às crianças nas escolas das 22 aldeias espalhadas pela Terra Indígena dos Potiguaras, que possui 21,2 mil hectares.
Além da posição privilegiada, as casas construídas ao longo da orla são maiores e mais bem acabadas em relação às outras da aldeia.

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