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Agricultores temem as ações

Diário Catarinense-Florianópolis-SC
13 de Set de 2005

Agricultores de Seara, Arvoredo e Paial estão com medo da ação dos índios. Cerca de 300 famílias dos três municípios terão que deixar suas casas caso seja reconhecida a ampliação de Toldo Pinhal.

Alziro Andrioli, 54 anos, mora a 100 metros de um dos bloqueios, na Linha Andrioli. Ele se diz inseguro até por faltar policiais. Sua mulher, Edite, teme invasão.

- A gente não sabe como se defender.

As filhas, Marizane e Marceli, não tiveram aula. O agricultor Darci Aigner ficou ilhado. Para chegar na comunidade de Linha Gramado teve que passar pela roça. Ele tem 30 hectares e mora há 22 anos no local. Sua preocupação é com o escoamento dos 250 litros de leite que deverá tirar hoje.

Aigner disse que a avaliação de sua propriedade foi de R$ 65 mil, o que não paga nem a casa. Seu vizinho Flávio Schuch está preocupado com a produção diária de 330 litros de leite. Ele não sabe como fazer caso os índios não liberem a estrada. Lucia Aigner foi com as filhas pelo meio do mato para visitar Edite Andrioli.

- Quase morri de medo - disse.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) esteve no local. Cleber Busatto, do escritório em Chapecó, disse que a entidade defende o interesse dos índios e dos agricultores. Por isso, a entidade quer agilidade na regulamentação de uma emenda aprovada em junho que permite ao Estado indenizar ou reassentar agricultores retirados de áreas reconhecidas como indígenas.

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