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Agricultores interditam trecho de rodovia que dá acesso a obras de Belo Monte

A Crítica - http://acritica.uol.com.br
30 de Ago de 2011

Mais de três mil agricultores interditaram nesta terça-feira (30) a BR-230 (Transamazônica) no trevo que dá acesso ao canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA).

A intenção dos agricultores é permanecer na estrada até o próximo dia 1 de setembro. Eles também querem que representantes do primeiro escalão dos governos federal e estadual na área do acampamento.

A informação é da assessoria de imprensa da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP). Segundo a assessoria, o movimento é promovido FVPP, pela Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetragri) e pelo do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).

Hidrelétrica

Os agricultores exigem dialogar com autoridades temas como questão fundiária, infraestrutura, desenvolvimento urbano, estratégias produtivas, políticas sociais e gestão ambiental.

A manifestação visa, também, impedir o acesso das máquinas e trabalhadores ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Segundo João Batista Uchôa, coordenador do movimento, a ação é pacífica e quer chamar a atenção das autoridades para a realidade da região. "As obras de Belo Monte estão a todo vapor, mas a pauta dos movimentos sociais, que já vem sendo discutida há 20 anos, não consegue avançar", disse Uchoa, por meio da assessoria de imprensa.

Descaso

Segundo os organizadores do acampamento, alguns números demonstram o descaso do governo com a região.

Em relação ao programa federal "Luz para Todos", somente 40% da região foi atendida. Dentro do Pará a BR-230 tem 976 km entre Marabá e Itaituba, sendo que apenas 726 km estão sendo asfaltados e de forma lenta devido aos problemas com licenciamento da obra e a retirada de materiais.

Os mais de 25 mil km de estradas vicinais e ramais dos 11 municípios da região da Transamazônica/Xingu, não têm verba pública destinada para abertura e manutenção, uma vez que os governos não se entendem em relação à responsabilidade dessas estradas.

No que diz respeito aos assentamentos rurais, eles não têm licença ambiental o que impede as lideranças da reforma agrária terem acesso aos créditos.

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