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Ação das ongs ambientalistas, indigenistas e PV fez governo barrar emenda ruralista

Viaecológica-Brasília-DF
12 de Jun de 2003

Uma rápida mobilização de última hora entre as lideranças ambientalistas no Congresso, apoiadas sobre fortes campanhas de esclarecimento das organizações não governamentais indigenistas e socio-ecologistas, fez com que o Senado retirasse hoje (11) da pauta de votação do plenário uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 38), do senador ruralista Mozarildo Cavalnti (PPS-RR), que iria implodir as conquistas da sociedade brasileira em matéria de amplitude das unidades de conservação e terras indígenas. Desde segunda-feira que as assessorias parlamentares de ongs de grande de porte, como o Greenpeace, o Instituto Socioambiental e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Igreja Católica, entraram no corpo-a-corpo com parlamentares influentes nestas áreas, como os deputados Sigmaringa Seixas (PT-DF), amigo pessoal de Lula, e o líder do Partido Verde, Zequinha Sarney (PV-MA). O presidente Lula e o presidente do Senado, José Sarney, foram informados das implicações por trás da PEC de Mozarildo (reduzindo para 50% o máximo que cada unidade da federação pode ter em unidades de conservação e terras indígenas e afetando imediatamente casos como o do próprio Distrito Federal, o Amazonas e Roraima, onde as terras dos ianomamis ocupam boa parte do território local). Agiram coordenadamente, sem alarde, mas retiraram da votação da ordem do dia do Senado, nesta quarta-feira, a tal PEC 38. Com isso, quando e se ela voltar à ordem do dia, os senadores progressistas (dos partidos da base de sustentação do PT no governo) já terão uma posição claramente articulada para derrubar a proposta que, na realidade, atende os interesses pessoais dos fazendeiros - ou seja, da bancada ruralista, principal ameça ao meio ambiente no país. (Veja também www.senado.gov.br, www.socioambiental.org, www.cimi.org.br e www.partidoverde.org).

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