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Xerentes vão à Seduc e apresentam reivindicações pela Educação indígena em Tocantínia

Seduc/TO - http://www.seduc.to.gov.br/
14 de Fev de 2011

Vinte e quatro representantes xerentes foram recebidos, na tarde desta segunda-feira, 14, na Secretaria de Educação do Tocantins (Seduc), pelo secretário estadual da pasta, Danilo de Melo Souza, a quem apresentaram solicitações relativas à Educação indígena na região de Tocantínia, onde existem 58 aldeias desta etnia. Dentre as reivindicações destacadas, os indígenas pedem que haja uma democrática redistribuição de cargos nas 42 instituições de ensino local durante este novo governo; as mudanças da direção do Centro de Ensino Médio Indígena Xerente (CEMIX) e da forma de representação deles junto à Regional de Ensino de Miracema, que abrange as comunidades; a melhoria da estrutura física de algumas escolas; além da democratização do acesso a elas por parte de alunos de todos os seis clãs xerentes, sem discriminações, o que ocorre, em algumas situações, entre eles.

Segundo Danilo de Melo, para que o processo de melhoria seja iniciado, os xerentes devem se decidir, conjuntamente, sobre os nomes a serem indicados para os cargos e as medidas prioritárias a serem tomadas, respeitando o que for definido democraticamente. "É preciso se criar uma sistemática que atenda, satisfatoriamente, aos seis clãs xerentes, para que não ocorram novas discordâncias futuras. Para isto, eles precisam se reunir, decidir coletivamente as ações emergenciais, descrevê-las em ofícios para, aí, sim, podermos apresentá-las ao governador Siqueira Campos, que vai ouvir a voz da maioria. Somente com base nesta organização um número máximo de carências será sanado", explicou o secretário estadual de Educação.

Para a diretora regional de ensino de Miracema, Maria Marlene Rocha Coelho, também presente na reunião, com a chegada dos documentos descritivos da realidade de cada escola, incluindo o número de alunos matriculados, se torna possível organizar os cargos entre os indígenas locais. "Nós não havíamos recebidos o atual organograma das escolas, o que nos impedia de tomarmos qualquer medida. Agora, porém, com ele em mãos, e com a organização entre os indígenas para que haja um apontamento sobre quem ocupará qual função, poderemos definir os professores, as merendeiras, os guardas e todos os demais cargos, sem a imposição de um cacique específico, que favorecia os membros da própria aldeia em detrimento dos demais, como estava ocorrendo", conta Marlene Coelho.

Outro que participou do encontro, o prefeito de Tocantínia, Manoel Silvino Gomes Neto, acredita que o fim de práticas políticas no âmbito indígena Xerente virá a simplificar os processos de busca de harmonia entre os diferentes clãs que integram esta etnia no município que administra, eliminando as segregações. "Infelizmente, por mero jogo de poder, um cacique de uma determinada aldeia tentava privar integrantes de outras de ter acesso ao que lhes é de direito, que é a Educação. Entretanto, as escolas são do Estado, não das tribos; por isto, os julgamentos não podem ser mais feitos por grupos políticos, mesmo que indígenas, como vinha acontecendo durante estes últimos oito anos, desrespeitando os princípios democráticos do povo indígena e gerando a discordância entre o povo Xerente", afirma Silvino Neto. (Ascom Seduc)

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