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Xavante querem permanência de Mércio Gomes na Funai

Site da Funai
30 de Abr de 2004

Os Xavante que se encontram em Brasília se reuniram, hoje (30), no auditório da Funai, para manifestar seu apoio ao presidente Mércio Gomes. Eles estão indignados com um grupo de índios Fulni-ô que estão promovendo na Funai, e fora dela, manifestações de desapreço ao presidente da Funai e sua diretoria.

De acordo com os Xavante, o presidente da Funai é uma " pessoa séria", e está trabalhando pelo bem das comunidades indígenas. Durante a reunião os Xavante foram uníssonos na defesa do presidente da Funai. O Cacique Aniceto, da Aldeia N.Sª de Guadalupe, na Terra Indígena São Marcos (MT), afirmou que os Xavante não estão satisfeitos com a ação dos Fulni-ô.

Aniceto disse que o Presidente Lula e o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, precisam ouvir os índios de outras comunidades, antes de tomarem qualquer decisão sobre a Funai. Para ele, a Funai está correta ao não ficar dando dinheiro para Fulni-ô, que não beneficia a comunidade. "Dinheiro tem que ser para as comunidades, para projeto das comunidades", afirmou Aniceto. Acrescentou que após a chegada de Mércio na Funai, os Xavante já estão vendo resultado na agricultura, na demarcação e homologação das terras indígenas.

A mesma opinião é compartilhada pelo Cacique Pio Tsowa'õ Orebewe, da Terra Indígena Parabubure, do município de Campinápolis (MT): "Não aceitamos a saída do presidente Mércio. Ele deve ser demitido porque defendeu os índios e não os garimpeiros? Porque defendeu a não devastação da biodiversidade e dos povos indígenas? Nós não aceitamos. Estamos muito insatisfeitos e tristes com o grupo que pediu a "cabeça" do presidente. O presidente deve continuar na presidência da Funai, pois está fazendo o seu papel, o papel de nos defender, de defender nossos direitos. O presidente está do nosso lado e também estaremos sempre do lado dele."

Ações dos Fulni-ô

As verdadeiras lideranças Fulni-ô quase nunca vêm a Brasília. Fazem as suas reivindicações junto à Administração Executiva Regional da Funai, em Recife (PE), a quem compete atendê-los, e a outros índios da Região Nordeste.

Há, no entanto, grupos que não são liderança, que não representam a comunidade, e que vêm a Brasília buscar atendimento de pleito puramente individual. O presidente da Funai, após a sua posse, esteve na Aldeia Fulni-ô, conversou com todas as lideranças, e mostrou que essa forma de atendimento individual, a que busca agora esse grupo, não era benéfica para a comunidade, pois os recursos liberados beneficiavam apenas o grupo, e não a comunidade.

O movimento desse grupo, na tentativa de desestabilizar a atual Direção da Funai, nada mais é que uma reação à nova postura do órgão de aplicar os recursos para a comunidade, sem paternalismo.

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