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Violência contra povos indígenas traz Comissão da Câmara Federal ao Estado para fazer diligências

Capital News - http://www.capitalnews.com.br
Autor: Valdelice Bonifácio
30 de Nov de 2011

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados realiza uma diligência em Dourados nesta sexta-feira e sábado, dias 2 e 3 de dezembro, em áreas indígenas em Mato Grosso do Sul.

Conforme o deputado estadual Laerte Tetila (PT) que foi quem solicitou a visita o objetivo de averiguar a violência contra os povos indígenas de Mato Grosso do Sul.

Em 18 de novembro, pistoleiros atacaram um acampamento indígena em Aral Moreira. Suspeita-se que eles tenham matado o cacique guarani Nísio Gomes que está desaparecido.

Tetila é presidente da Comissão de Direitos Humanos, Trabalho e Cidadania da Assembleia Legislativa do estado, e acionou a Comissão da Câmara Federal e a Frente Parlamentar Indígena após os últimos casos de violência registrados em Mato Grosso do Sul.

Representando a Câmara dos Deputados estarão em Dourados os deputados Domingos Dutra (PT-MA), Erika Kokay (PT-DF), Padre Ton (PT-RO), Luiz Couto (PT-PB) e Antônio Carlos Biffi (PT-MS).

Conforme programação divulgada por Tetila na manhã desta quarta-feira, dia 30, a comissão deixa a base aérea de Brasília às 8 horas desta sexta, dia 2, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo a Dourados onde devem desembarcar às 9h30.

Já em Dourados, o grupo participa de reunião com lideranças indígenas em Dourados às 11 horas.

Das 15 horas às 18 horas, os deputados participam de reuniões membros do Ministério Público Federal da Polícia Federal.

No dia 3 de dezembro, a partir das 8 horas, a comissão deverá visitará comunidades indígenas, cujos locais ainda não estão definidos. Mas é possível que eles participem de Aty Guasu (grande reunião) com lideranças indígenas.

Conforme Tetila, a comissão vai elaborar relatório que posteriormente será encaminhado à presidência da República e ao Ministério da Justiça.

Casos de violência

Em documento, a Comissão justifica sua presença em Mato Grosso do Sul, citando o caso de Nísio Gomes; o ataque com coquetel molotov a um ônibus escolar em Miranda que resultou na morte de uma jovem-mãe de quatro filhos e um outro ataque de na comunidade Guarani/Kaiowá do Tekoha Pyelito Kue em Iguatemi, onde, no mesmo mês, foi morto o indígena Teodoro Ricardi e tentaram, também, assassinar o jovem indígena Isabelino Gonçalves, que conseguiu escapar dos tiros.

A Comissão também usa dados do Conselho Indigenista Missionário - Cimi - que mostram que, nos últimos oito anos, 250 índios foram assassinados em Mato Grosso do Sul. O estado acabou sendo palco de 55,3% dos 452 homicídios de indígenas do Brasil.

A diligência foi decidida pela plenária da Comissão ao aprovar, por unanimidade, requerimento da deputada Érika Kokay.

http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=223697&ed=Geral&cat=Not%C3…

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