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18 de Nov de 2015
Durante os dias 24/10 a 06/11, gestores dos parques do Corredor Binacional de Iguaçu, formado pelo Parque Nacional do Iguaçu (BR) e Parque Nacional do Iguazú (AR) tiveram a oportunidade de participar de uma viagem aprendizagem em parques localizados em áreas de fronteiras internacionais na Europa.
O objetivo da viagem foi aproximar os gestores dos parques, organizações e instituições que trabalham de maneira transfornteiriça de modo a aprimorar os processos de cooperação para a conservação e manejo. As equipes do WWF-Brasil e FVSA (Fundacion Vida Silvestre)-Argentina participaram da viagem, acompanhados pelos funcionários do ICMBio, Ivan Bapstiton (Gestor do Parque Nacional do Iguaçu) e Luiz Felipe Pimenta de Moraes (Analista do ICMBio responsável pelo Plano de Manejo do PNI). Pela Argentina, Sergio Arias Valdecanto (Intente/gestor do PNI) e Sandra Muñoz (Ranger do PNI) também participaram.
Os participantes tiveram a oportunidade de participar da Conferência da Europarc sobre Parques Tranfronteiriços na Alemanha e estabelecer parcerias com instituições e parques referência na gestão integrada. Visitas de campo e reuniões também foram realizadas nos Parques Transfronteiriços dos Alpes Julian, que envolve o Parque Natural do Prealpi Giulie (Itália) e Parque Nacional do Triglav (Eslovênia) e na Reserva da Biosfera Transfronteiriça Xurés Gerês, que envolve o Parque Nacional da Peneda-Gerês (Portugal) e do Xurês/Baixo Límia (Espanha).
A viagem de aprendizado foi planejada com base na avaliação de Indicadores de análise da cooperação atual e de casos de melhores práticas de cooperação no mundo - de acordo com diretrizes de instituições internacionais (IUCN, UNESCO, EUROPARC) e convenções (Ramsar Convention, European Outline Convention on Transfrontier Cooperation) que deram suporte à cooperação para a conservação em áreas protegidas transfronteiras de diversas categorias. Aspectos como: estratégia, estrutura organizacional, planejamento e regulação, relações e fortalecimento das equipes, processos e sistemas de comunicação, estratégias de comunicação externa conjunta (relações públicas), atividades e projetos conjuntos, financiamento sustentável, foram avaliados durante a viagem de aprendizado.
Esta ação faz parte do projeto "Estudos e atividades com vistas a apoiar a incorporação de oportunidades econômicas baseadas em serviços ecossistêmicos como estratégia de manejo do corredor binacional formado pelo Parque Nacional do Iguaçu (BR) e Parque Nacional do Iguazú (AR), de modo a contribuir para a Visão de Biodiversidade da Ecorregião Florestas do Alto Paraná", que tem como coordenação o WWF-Brasil e financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento. O projeto é voltado para realizar estudos e atividades práticas com foco no aprimoramento de oportunidades de negócios e desenvolvimento local no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, de modo a contribuir para a sua conservação e valorização; estruturação de um sistema de monitoramento da qualidade ambiental e melhorias em procedimentos de gestão integrada do corredor ecológico formado pelos Parques Nacional do Iguaçu (BR) e Iguazú (AR).
Corredor binacional do Iguaçu
As áreas do Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, e do Parque Nacional Iguazú, na Argentina, chegam a 244 mil hectares protegidos de Mata Atlântica e abrigam mais de 250 espécies de árvores. Estima-se ainda que mais de 550 espécies de aves, 120 de mamíferos, 635 espécies de borboletas, 79 de répteis e 55 de anfíbios possam ser encontradas lá. É um dos parques naturais mais visitados do País, que movimenta a economia local, regional e nacional.
A Mata Atlântica está entre os cinco biomas mais ricos em diversidade biológica do mundo, fonte de água para 60% da população brasileira. Controla o clima, protege encostas, permite pesquisas e abriga milhares de espécies vegetais e animais que podem ser facilmente observadas nas trilhas das matas e no Rio Iguaçu. Sua importância se reflete na economia, no desenvolvimento e nas relações sociais das cidades, entre muitos outros aspectos.
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