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Veado bororó e onça são flagrados por câmeras do Projeto Mamíferos, no PR

G1 - http://g1.globo.com/
Autor: Fabiula Wurmeister
27 de Mai de 2016

Animais vivem no Parque Nacional do Iguaçu, na região de Céu Azul.
Registros são usados no estudo do comportamento das espécies típicas.

Um veado-mão-curta, também chamado de bororó, e uma onça-pintada foram flagrados por câmeras de monitoramento do Projeto Mamíferos, em uma área do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. O veado, classificado como uma espécie vulnerável, foi visto em abril, já a onça, já na lista de animais ameaçados de extinção, passou por outro ponto da floresta, também em Céu Azul, no oeste, entre março e abril.

O Mazama nana, como é cientificamente classificado o veado-mão-curta, é a menor espécie do gênero e pesa no máximo 15 kg. Por enquanto, foram realizados poucos estudos acerca do habitat e comportamento deste animal. E, segundo especialistas que participam do projeto, a presença no parque é uma oportunidade para conhecê-lo melhor e propor medidas de manejo eficazes para a sua conservação.

"Provavelmente o Parque Nacional do Iguaçu mantenha a maior população dessa espécie em todo o país. Na região oeste do Paraná, e no estado como um todo, embora diversos fragmentos florestais possam abrigar a espécie, a caça ilegal tem levado ao seu declínio e mesmo ao desaparecimento de diversas áreas", afirma o pesquisador associado do Instituto Neotropical Pesquisa e Conservação, Carlos Rodrigo Brocardo.

A presença da onça na mesma região também é considerada um bom sinal. Nas imagens ela anda tranquilamente pela trilha. "O fato de registrarmos tanto o predador maior que é a onça e a presa, no caso do veado, é um sinal de que a floresta está mantendo todos os elos da cadeia alimentar. Isso significa que a floresta está viva", observa o pesquisador.

Com 185 mil hectares do lado brasileiro, estima-se que o parque abrigue atualmente cerca de 20 onças. Alguns deles são monitorados por especialistas de outro projeto, o Carnívoros.

O projeto "Mamíferos como indicadores da saúde do ecossistema Floresta com Araucárias", apoiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e desenvolvido pelo Instituto Neotropical Pesquisa e Conservação, teve início em março de 2015 e conta com quatro pesquisadores.

O objetivo da iniciativa, reforça Brocardo, é monitorar áreas grandes e menores em Cascavel e municípios vizinhos, comparando-as, para se traçar um diagnóstico dos impactos causados, por exemplo, pelo desmatamento e pela caça ilegal.

http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/05/veado-bororo-e-on…

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