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Vale investirá R$ 985 mi em projeto no Pará

O Liberal-Blém-PA
31 de Out de 2001

A esperada produção de cobre metálico no Pará virá não através do "Salobo", mas sim do "Sossego". Amanhã, o presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, estará em Belém para lançar, ao lado do governador Almir Gabriel, o Projeto "Sossego", que terá investimento de R$ 985 milhões para produzir, em média, 462 mil toneladas por ano de concentrado, contendo 139 mil toneladas de cobre e 3,5 mil toneladas de ouro. A presença de Agnelli também servirá para a criação do Banco do Produtor, em parceria da Vale com o governo, e o lançamento de uma publicação, o "Guia do Minerador".
Localizado no município de Canaã dos Carajás, no sudoeste do Estado, o Projeto "Sossego" inaugura a mineração do cobre na Província Mineral de Carajás. A região será dotada de infra-estrutura, como uma rodovia pavimentada de 102 quilômetros ligando o projeto à sede do município e a Parauapebas e uma linha de transmissão de energia com 86 quilômetros. A primeira etapa do projeto será a escavação de 12,8 milhões de toneladas de solo e rocha, que serão retirados para a exposição do minério.
Para explorar o cobre do Sossego foi criada a companhia Mineração Serra do Sossego S/A (MSS), subsidiária na CVRD, que possui cinco concessões de pesquisa em uma área de 25 mil hectares, que inclui os depósitos de cobre de "Sossego" e "Sequeirinho". A estimativa da empresa é de que haja nessa área a concentração de 15 milhões de toneladas de minério concentrado, contendo 139 mil toneladas de cobre e 3,5 toneladas de ouro, segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Incentivos - O Banco do Produtor, um fundo de investimento abastecido com recursos paritários do governo e da Vale, vai financiar empreendimentos de interesse estratégico para a política de desenvolvimento, diversificação e transformação da base produtiva no Estado, com o fim de gerar empregos e aumentar a circulação de renda no Estado, de acordo com o previsto no Plano Plurianual (PPA) do governo do Estado. Constituído inicialmente com depósitos de R$ 500 mil tanto da mineradora quanto do setor público, no montante de R$ 1 milhão, o fundo foi criado em agosto do ano passado, quando foi publicada a Lei no 6.345/00, e terá vigência por 15 anos.
Guia - O outro lançamento, o "Guia do Minerador do Pará", é uma iniciativa da Câmara Setorial de Mineração e Metalurgia da Associação Comercial do Pará (ACP), para apresentar ao setor privado opções de investimento no Estado na área minerária, com informações sobre legislação tributária e ambiental, a política de incentivos vigentes e as fontes de financiamentos disponíveis para a indústria mineral.
O guia também contém um resumo dos conceitos constitucionais sobre a mineração no País, incluindo um roteiro completo da tramitação dos projetos junto ao DNPM, desde a solicitação de pesquisa até a liberação da portaria de lavra, passando pelo licenciamento ambiental e demais obrigações, como a elaboração de estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima).

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