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Usina opera com menos de 15% e entra em estado crítico

OESP, Economia, p. B9
06 de Mai de 2014

Usina opera com menos de 15% e entra em estado crítico
Água Vermelha, na região noroeste de São Paulo, operava nesta mesma época do ano passado com 80% da capacidade

A seca no Sudeste e Centro-Oeste continua a ser sentida pelas usinas hidrelétricas que ainda operam com baixo nível de água. A situação é mais preocupante na Usina de Água Vermelha, que entrou em estado crítico e ontem estava com apenas 14,96% de sua capacidade, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS).
Nesta mesma época do ano passado ela funcionava com 80% do reservatório. A estiagem criou um cenário jamais visto no noroeste de São Paulo, onde fica Água Vermelha, e no sul de Minas Gerais, região com a qual faz divisa e onde se encontra o Lago de Furnas, responsável pelo volume de água em diversas usinas do Sudeste.
Água Vermelha fica entre os municípios de Ouroeste (SP) e Iturama (MG) e, no que depender das previsões, a situação tende a ficar pior. Isso porque, de acordo com a meteorologia, não deve chover uma gota naquela região pelo menos nas duas próximas semanas.
E isso vai se somar aos resultados negativos da chuva, que já foi muito escassa no verão.
A usina fica no Rio Grande, onde a seca é logo notada, pois em alguns pontos a água já recuou até 200 metros das margens.
Em muitos locais onde havia rio hoje existe só terra, prejudicando diretamente o turismo e o trabalho dos pescadores.
A usina trabalha com seis turbinas, tem 1.396,20 megawatts de potência instalada e sua produção se destina à Região Sudeste.
Nas outras usinas do Rio Grande, no eixo entre São Paulo e Minas Gerais, a situação também não é das melhores. Furnas, a principal e que fornece 17,42% da energia consumida no Sudeste e Centro Oeste, está hoje com 29,11% da capacidade.
Já a Usina de Marimbondo está em situação ainda mais complicada, com 28,42%. A exceção fica por conta da Usina Mascarenhas de Moraes, em Ibiraci (MG), que opera com o reservatório em 75,76% da capacidade, segundo a medição do ONS.

OESP, 06/05/2014, Economia, p. B9

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