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Usina Mandu sera a primeira a receber recursos do Proinfa

GM, Energia, p.A6
04 de Nov de 2004

Usina Mandu será a primeira a receber recursos do Proinfa
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o primeiro financiamento no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). A Usina Mandu, de Guaíra (SP), norte do Estado de São Paulo, receberá crédito de R$ 35,9 milhões para a ampliação da capacidade de cogeração de energia elétrica a partir do aproveitamento do bagaço de cana-de-açúcar, de 4,8 MW para 25 MW. O investimento total da empresa no projeto será de R$ 44,8 milhões.
A operação será feita com recursos do BNDES que totalizarão R$ 17,9 milhões e por meio indireto, com repasses do Unibanco e Itaú de R$ 11,5 milhões e R$ 6,5 milhões de cada instituição, respectivamente. A conclusão do projeto está prevista para maio de 2006, dentro do prazo estipulado inicialmente pelo Proinfa que é dezembro daquele ano.
Segundo comunicado distribuido pelo BNDES, os objetivos do financiamento são elevar a eficiência do aproveitamento energético do bagaço de cana da Usina Mandu e garantir o suprimento de eletricidade nos períodos de estiagem nas regiões Sul e Sudeste do País, de forma a complementar a produção das hidrelétricas.
A adesão da Usina Mandu ao Proinfa foi uma das exceções entre os produtores de energia por meio da biomassa. Dos 1.100 MW destinados à geração dessa categoria, apenas 327,5 MW foram ocupados na primeira chamada. Esse foi a única categoria que não teve sua capacidade esgotada. A segunda chamada deverá ocorrer até o próximo dia 19.
Desinteresse
Segundo o consultor da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Onório Kitayama, os produtores de cana-de-açúcar não se interessaram pelo Proinfra porque as tarifas definidas não foram consideradas atrativas o suficiente para incentivar o empresário a investir em um mercado tido como desconhecido.
Ele citou o fato de o valor do MW/h ter sido estipulado em R$ 93,7, enquanto que no período pós-apagão, em 2001 quando o governo necessitava com urgência de novas fontes de geração de energia, o valor para a biomassa foi de R$ 115 cada MW/h.

GM, 04/11/2004, p. A6

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