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Unesco vai atuar em projetos educacionais no Xingu

Midianews-Cuiabá-MT
25 de Out de 2003

O Governo do Estado vai construir dez novas escolas a partir deste ano no Parque Nacional Indígena do Xingu, além de manter parcerias para qualificação e capacitação de professores com o Instituto Sócio-ambiental (ISA). Serão investidos R$ 450 mil para a construção de cada unidade escolar de alvenaria, com duas salas de aula cada, ao custo de R$ 35 mil por unidade.

O anúncio foi feito ontem pelo governador, que reafirmou seu compromisso com a educação contemplando os mais de 4 mil índios que vivem na maior reserva indígena do mundo. "Esse é um marco na história de Mato Grosso", avaliou a secretária de Educação, Ana Carla Muniz, ao comentar a importância do Governo do Estado conhecer in loco a realidade dos povos indígenas.

Além da educação, os índios reivindicaram apoio do Governo para conter a devastação ambiental no entorno do parque provocada por invasões irregulares. Por determinação do governador Blairo Maggi, foi assinado protocolo de intenções, não só para avaliar a questão ambiental como os demais problemas que afetam os índios, com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

"A avaliação foi positiva porque nos viemos no parque ouvir deles suas reivindicações e seus anseios e o Governo do Estado já conhecia esses problemas, mas agora eles (os índios) relataram a nós de forma oficial, e que várias providências serão tomadas com respeito às reclamações deles", garantiu o governador.

Protoloco - Segundo Guaraci do Prado, representante da Unesco em Mato Grosso, o Estado vai alocar recursos do Estado para uma política de atenção às comunidades indígenas no território de Mato Grosso. "Como a centralidade da execução dessas políticas é de fato da União, com exceção da educação básica, nós estivemos com a Unesco em Brasília a possibilidade de mediar essas discussões nesse primeiro momento", disse Guaraci..

Guaraci informou que está sendo discutida a possibilidade de criar um modelo de gestão compartilhada, onde o Governo do Estado passa a participar da coordenação das ações que se destinam a atender as comunidades indígenas no Estado. A execução do programa será feita por meio de um protocolo de intenções com as prefeituras, lideranças indígenas, universidade federal, Governo do Estado com todas as secretarias e autarquias como a Unemat e as fundações e também com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

"Esse conjunto de pessoas vai discutir como viabilizar os objetivos ali traçados, que é a questão ambiental, qualidade de vida das comunidades, que é uma política de educação, de saúde e a política de garantia de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável. A partir da semana que vem, a Unesco Brasília e a Funasa já estarão encaminhando um conjunto de consultores para começar a montar esse modelo de gestão para a área de saúde e assim vamos expandir para as demais áreas", informou Guaraci.

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