O Globo, Ciência e Vida, Eureca, p. 22
Autor: AZEVEDO, Ana Lucia
14 de Jun de 2004
Um guia científico para farmácias vivas
A tão falada biodiversidade de plantas com aplicação medicinal no Brasil é muito falada e pouco conhecida. A maior parte do que se sabe vem da cultura popular que, sem dúvida, é um indicador interessante do potencial de uma planta, mas pouco adianta para o desenvolvimento de medicamentos e estudos sobre a ação terapêutica de uma determinada espécie. Por isso, é muito bem-vinda a iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz de lançar o primeiro guia detalhado sobre plantas medicinais brasileiras ou aqui difundidas. Além de informações sobre origem e distribuição geográfica, o trabalho inclui a análise dos componentes químicos, atividade farmacológica e dados sobre toxicidade.
A obra terá dois volumes, o primeiro dos quais está quase pronto e sai nos próximos meses. O volume um é de autoria de Benjamin Gilbert, José Luiz Pinto Ferreira e Lúcio Alves e Ana Cláudia Amaral, todos do Departamento de Produtos Naturais de Far-Manguinhos/Fiocruz. As plantas incluídas neste volume são Artemisia annua (artemisia); Cymbopogon citratus (capim-limão); Lippia alba (erva-cidreira brasileira, na foto do alto); Lippia sidoides (alecrim- pimenta); Mikania glomerata e Mikania laevigata (guaco); Plantago major e Plantago lanceolata (plantago, tranchagem, na foto ao lado); Phyllanthus amarus, Phyllanthus niruri, Phyllanthus tenellus e Phyllanthus urinaria (quebra-pedras); Psidium guajava (goiabeira); Stryphnodendron adstringens (barbatimão); Uncaria tomentosa e Uncaria guianensis (unha-de-gato).
O Globo, 14/06/2004, Ciência e Vida, Eureca,p. 22
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