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Autor: Danúbia Rodrigues
23 de Out de 2017
Pensando na valorização da cultura e memória indígena, a Universidade Estadual do Piauí em parceria com a Rede Indígena de Memória e Museologia Social do Brasil, realizou entre os dias 19 a 21 de outubro, o III Fórum Nacional de Museus Indígenas do Brasil. O evento ocorreu na comunidade indígena Nazaré, no município de Lagoa de São Francisco, e trouxe comunidades indígenas de quinze estados brasileiros e do México.
As atividades do evento seguiram uma linha de quatro temáticas: Trocas de experiências; O conceito de museu indígena; Organização social dos povos indígenas; Articulação e organização em rede, estimulando a participação e a reflexão coletiva.
A solenidade contou com a participação de pesquisadores, professores, estudantes, comunidades indígenas, autoridades da UESPI e do governo do Piauí, como o então governador Wellington Dias. Tendo o objetivo de valorizar a sociedade indígena, a ocasião realizou o intercâmbio entre povos indígenas com troca de experiências, conhecimentos e saberes.
Foram centro do evento, rodas de conversas, palestras com temas abordando à memória, resistência indígena, museus e a importância da integração indígena. A ocasião contou também com apresentação e diálogo com caciques e pajés.
O Pró-reitor de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários, Raimundo Dutra, falou sobre a realização da ocasião. "O encontro teve vários grupos de discussões, vários momentos em que os participantes puderam resgatar sua história, a sua identidade, partindo do conceito de museu indígena e sua história. Abrangeu também os costumes e hábitos de cada comunidade, cada uma pode colocar como na sua família foi introduzido esses costumes. No final, sempre havia a plenária onde todos os grupos apresentavam os resultados desses questionamentos, e no final foi feita uma carta onde se resumem toda essa discussão", explica.
O Fórum constituiu também um importante momento na consolidação de redes de diálogo intercultural à nível latino-americano, focando no fortalecimento de uma organização em rede de museus indígenas.
O professor acrescenta ainda que a UESPI tem um papel importante para esses acontecimentos. "Nós já temos pesquisadores aqui na universidade que trabalham com a temática indígena. A UESPI já faz um trabalho na comunidade Nazaré há um tempo, e em outras comunidades também, como a serra grande e a dos tabajaras. A participação e o apoio para a realização do fórum consolidam o nome da universidade em tratar as questões indígenas", finaliza.
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