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TY GUASU DE PROFESSORES REÚNE SEIS POVOS NO MS E DISCUTE QUESTÕES SOBRE EDUCAÇÃO E TERRA

Cimi
23 de Nov de 2006

Centenas de educadores, lideranças políticas e religiosas de seis povos estarão reunidas entre hoje (23) e 26 de novembro, na escola indígena Tengatui, na terra Bororo, município de Dourados, Mato Grosso do Sul, na décima segunda Aty Guasu (Grande Reunião) dos Professores Guarani-Kaiowá.*

Além dos Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, participam educadores Guarani vindos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Também estarão presentes 35 lideranças Javaé, Xerente, Krahô-Kanela, Krahô, e Apinajé, vindas do Tocantins.

Os professores Guarani-Kaiowá já alcançaram conquistas relevantes, como o magistério indígena diferenciado, projeto Ará Verᔠe o Teko Arandu (vida com sabedoria), primeiro curso em nível superior de licenciatura indígena pela Universidade Federal da Grande Dourados. Nos dois cursos, com plena autonomia curricular e metodológica, os alunos e os professores debatem os rumos do curso.

A Aty Guasu discutirá a situação legal da profissão de professor indígena, o ensino médio, a educação profissionalizante e infantil. Temas centrais para vida deste povo, como demarcação de terras e exploração da mão de obra análoga à escravidão em usinas de cana de açúcar, também serão debatidas.

Para o professor Anastácio Peralta, da Comissão de Lideranças Guarani-Kaiowá, foi através da luta e de uma visão holística do ensino que o movimento encontrou o caminho das conquistas na educação. A luta pela educação diferenciada colabora com a vida do povo como um todo, é através dela que também vem a luta pela terra, pela saúde e todos os direitos”, ressalta Peralta.

Em memória de Marçal

No sábado, dia 25, na Câmara Municipal de Dourados, organizações da sociedade civil realizarão um ato em memória dos 23 anos da morte do líder Guarani-Kaiowá, Marçal de Souza Tupãi, violentamente assassinado por reivindicar as terras tradicionais de seu povo.

Brasília, 23 de novembro de 2006

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